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contagias

Corrompido, infectado, contagiado, viciado. (Em energia nuclear, diz-se que uma substância está contaminada quando uma impureza radioactiva se mistura com essa substância.)...


hidrofobia | n. f.

Doença caracterizada pelo horror aos líquidos....


Acto voluntário que resulta no afastamento social temporário por parte de um indivíduo suspeito de ser portador de doença contagiosa ou que quer evitar ser contagiado....


galicado | adj. n. m.

Que ou quem foi contagiado com gálico ou sífilis....


supercontagiador | adj. n. m.

Que ou o que tem uma elevada capacidade de transmissão de um agente infeccioso....


infectado | adj.

Tornado infecto; contagiado; corrompido....


Acto ou efeito de quem se afasta ou isola voluntariamente (ex.: a depressão pode levar ao auto-isolamento)....


contagiar | v. tr. e pron. | v. tr.

Transmitir ou adquirir doença por contágio....


epidemiar | v. tr.

Comunicar epidemia a; contagiar....


galicar | v. tr.

Contagiar de gálico ou sífilis ou outra doença venérea....


inçar | v. tr. | v. intr.

Encher (de coisa miúda e molesta)....


infectar | v. tr. | v. tr. e intr.

Tornar infecto....


infeccionar | v. tr., intr. e pron. | v. tr.

Causar ou sofrer infecção....


inocular | v. tr.

Introduzir num organismo, geralmente um agente patogénico para prevenção ou estudo (ex.: inocular cobaias; inocular um vírus)....


contaminar | v. tr. e pron. | v. tr.

Transmitir ou apanhar infecção ou doença (ex.: adoeceu, mas não contaminou a família; não sabe como se contaminou)....


raiva | n. f.

Doença infecciosa, transmissível pela mordedura de animais contagiados, provocada por um vírus que ataca o sistema nervoso dos mamíferos, caracterizada por estados de agitação que podem levar ao delírio furioso e à paralisia (ex.: vacina contra a raiva)....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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