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antecedente

relativo | adj.

Que se refere a um nome ou oração antecedente....


Fórmula com que se designava, na escolástica, o erro que consiste em tomar por causa o que é apenas um antecedente no tempo....


anacoluto | n. m.

Elipse que consiste em empregar um relativo sem o seu antecedente....


pressuposto | n. m. | adj.

Circunstância ou facto que é considerado um antecedente necessário de outro facto ou circunstância....


proporção | n. f. | n. f. pl.

Série de razões iguais em que o consequente de cada uma é igual ao antecedente da seguinte....


antecedência | n. f. | n. f. pl.

Estado do que é antecedente....


antecedente | adj. 2 g. | n. m. | n. m. pl.

Que vai ou está antes....


epanástrofe | n. f.

Repetição, no princípio de um período, membro de frase ou verso, da palavra ou palavras com que termina o antecedente....


metalepse | n. f.

Figura de retórica em que se toma o antecedente pelo consequente e vice-versa....


precedente | adj. 2 g. | n. m. | n. m. pl.

Que precede; antecedente....


atenuante | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou o que atenua ou torna menos grave (ex.: circunstância agravante; a falta de antecedentes criminais foi uma/um atenuante de pena)....


anterior | adj. 2 g.

Que está antes ou primeiro (ex.: dia anterior; fase anterior)....


prequela | n. f.

Obra cinematográfica ou literária cuja história ou enredo serve de antecedente a uma já existente....


como | conj. | adv. | prep. | n. m.

Usa-se para indicar o modo, introduzindo frases adverbiais relativas com antecedente (ex.: o modo como ele fala é humilhante; gostei da maneira como a casa está decorada)....


que | pron. rel. | det. interr. | pron. interr. | adv. | pron. indef. | conj. integr. | conj. compar. | conj. advers. | conj. cop. | conj. caus. | conj. fin. | conj. consec. | conj. | prep.

Usa-se para introduzir uma frase ou oração relativa, servindo de sujeito e relacionado com um antecedente (ex.: o homem que viu o criminoso não o consegue identificar)....


entimema | n. m.

Silogismo em que só há antecedente e consequente....


posterior | adj. 2 g. | n. m.

Que vem depois (ex.: isso ficará para uma fase posterior)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a diferença entre haver e ter, quando estes verbos são utilizados como auxiliares: eu tinha dito/eu havia dito, ele tinha feito/ele havia feito. Também gostaria de saber se há diferença entre o português luso do português do Brasil.
Os verbos ter e haver são sinónimos como auxiliares de tempos compostos e são usados nos mesmos contextos sem qualquer diferença (ex.: eu tinha dito/eu havia dito); sendo que a única diferença é a frequência de uso, pois, tanto no português europeu como no português brasileiro, o verbo ter é mais usado.

Estes dois verbos têm também uso em locuções verbais que não correspondem a tempos compostos de verbos e aí há diferenças semânticas significativas. O verbo haver seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo permite formar locuções verbais que indicam valor futuro (ex.: havemos de ir a Barcelona; os corruptos hão-de ser castigados), enquanto o verbo ter seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo forma locuções que indicam uma obrigação (ex.: temos de ir a Barcelona; os corruptos têm de ser castigados).

Note-se uma diferença ortográfica entre as normas brasileira e portuguesa relativa ao verbo haver seguido da preposição de: no português europeu, as formas monossilábicas do verbo haver ligam-se por hífen à preposição de (hei-de, hás-de, há-de, hão-de) enquanto no português do Brasil tal não acontece (hei de, hás de, há de, hão de). Esta diferença é anulada com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, uma vez que deixa de haver hífen neste contexto (isto é, em qualquer das variedades deverão ser usadas apenas as formas hei de, hás de, há de, hão de).

Para outras diferenças entre as normas europeia e brasileira, queira, por favor, consultar outra resposta sobre o mesmo assunto em variedades de português.




Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.


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