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Processo

anaeróbio | adj.

Que implica processos metabólicos que não envolvem oxigénio (ex.: exercício anaeróbio)....


concluso | adj.

Diz-se especialmente do processo pronto e entregue ao juiz para sentença ou despacho....


Em que não há dissipação de energia (ex.: processo conservativo)....


electivo | adj.

Relativo a eleição (ex.: congresso electivo; processo electivo)....


Diz-se de um novo processo pedagógico em que os conhecimentos relativos a cada coisa se tomam em globo e não parcelados....


Diz-se do processo pedagógico de encaminhar o aluno a descobrir por si mesmo o que se quer ensinar, geralmente através de perguntas....


justaposto | adj.

Que é formado por justaposição, processo de composição de palavras pelo qual duas ou mais palavras se juntam, para formarem uma palavra nova, sem perda de fonemas e de acentuação (ex.: "arco-íris" e "pontapé" são nomes justapostos)....


Que tem ou se processa a igual temperatura....


molecular | adj. 2 g.

Que estuda os processos físicos e químicos que intervêm na preparação ou nas técnicas de confecção de alimentos e bebidas (ex.: cozinha molecular; mixologia molecular)....


Relativo ao processo de fazer leis....


Diz-se das regras judiciais que respeitam à instrução do processo, ao procedimento das partes e dos juízes....


revisório | adj.

Relativo a revisão (ex.: juízo revisório; processo revisório)....


zetético | adj.

Relativo à zetética ou aos processos de investigação da razão e da natureza das coisas....


fermentante | adj. 2 g.

Que está a fermentar ou em processo de fermentação....


Relativo a fotolitografia (ex.: processo fotolitográfico)....


intersectorial | adj. 2 g.

Que se processa entre vários sectores....


biónico | adj.

Que tem processos biológicos alterados ou substituídos por meios electrónicos (ex.: mão biónica; rim biónico)....


antrópico | adj.

Que resulta de acção humana (ex.: modificações antrópicas, processos antrópicos)....


conativo | adj.

Relativo a conação (ex.: processo conativo)....



Dúvidas linguísticas



Como se diz: de frente ou de fronte?
A locução adverbial de frente, que poderá encontrar no verbete frente do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, significa "de face", "com a parte dianteira à mostra" (ex.: vira-te de frente para eu te ver melhor) ou "sem medo" (ex.: olhou os problemas de frente e tentou resolvê-los). A palavra fronte, pelo contrário, não forma nenhuma locução de fronte. Por tradição lexicográfica, é usado o advérbio defronte (ex.: ele mora neste prédio e o irmão vive defronte), que significa "em posição frontal" ou "na parte dianteira de algo" e é sinónimo da locução em frente (ex.: ele mora neste prédio e o irmão vive em frente).
Paralelamente, o advérbio defronte pode ainda formar locuções preposicionais como defronte a ou defronte de (ex.: o hotel está defronte ao mar; os estudantes manifestar-se-ão defronte do ministério), que são sinónimas das locuções à frente de, em frente a e em frente de (ex.: o hotel está em frente ao/do mar; os estudantes manifestar-se-ão à frente do ministério).




Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).



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