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OCA

cavo | adj.

Que tem uma concavidade....


inaperto | adj.

Não aberto, mas oco....


tubulado | adj.

Que tem forma de tubo....


barquilho | n. m.

Pastel oco, de forma cónica....


cálamo | n. m.

Caule composto de entrenós ocos....


chocalho | n. m.

Campainha ou sino que se põe ao pescoço dos bois, cabras, etc....


chocho | adj. | n. m.

Seco e engelhado....


cheio | adj. | n. m.

Que tem dentro tanto quanto pode conter....


lanterneta | n. f.

Projéctil oco cheio de metralha....


psitacismo | n. m.

Discurso que alinhava frases ocas....


tufo | n. m.

Saliência decorativa ou elevação oca formada por tecido....


vu | n. m.

Instrumento tradicional de origem africana, feito de um cilindro oco cujo fundo é uma pele atravessada por uma haste de madeira, que, ao atrito da mão, produz som rouco ou áspero....


oca | n. f.

Casa coberta de colmo, geralmente circular, usada por índios brasileiros para habitação de uma ou mais famílias....


oca | n. f.

Peso turco ou grego correspondente a 1280 gramas....


oca | n. f.

Buraco; escavação....


bobe | n. m.

Cilindro de material plástico, leve e oco, usado para enrolar uma madeixa de cabelo....


coca | n. f.

Planta arbustiva (Erythroxylum coca), narcótica e alimentar....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.

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