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Marginando

arribas | n. f. pl.

Ribas; encostas que marginam o rio....


iluminismo | n. m.

Doutrina de certos movimentos religiosos marginais, baseada na crença de uma iluminação interior ou em revelações inspiradas directamente por Deus....


marginador | n. m.

Aquele que coloca o papel na máquina de imprimir, pautar ou dobrar....


eirádego | n. m.

Medida para cereais nos campos marginais do Tejo....


folheteira | n. f.

Pescaria nos pegos marginais dos rios....


grota | n. f.

Abertura por onde a água das enchentes invade os campos marginais....


marginália | n. f.

Conjunto de anotações nas margens de um livro ou de outro documento....


cotador | n. m.

Pessoa que põe cotas marginais....


espraiar | v. tr. | v. intr. | v. intr. e pron.

Estender pela praia; arrojar à praia....


marginalizar | v. tr.

Colocar à margem da sociedade ou de um grupo....


margear | v. tr. | v. tr. e intr.

Seguir pela margem de (ex.: margearam o curso de água; pitorescas povoações margeiam o rio)....


marginar | v. tr.

Seguir ou estar ao longo da margem de....


marginado | adj.

Que se marginou ou que tem margens (ex.: folha marginada com 100 selos)....


Que se marginou ou que tem margens....


marginal | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g. | n. f.

Da margem....




Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se "frigidíssimo" é superlativo absoluto sintético de "frio".
Os adjectivos frio e frígido têm em comum o superlativo absoluto sintético frigidíssimo, pois provêm ambos do étimo latino frigidus.



Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.


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