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àvontade

A forma àvontadepode ser[nome feminino plural], [nome feminino] ou [nome masculino].

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vontadevontade
( von·ta·de

von·ta·de

)


nome feminino

1. Faculdade comum ao homem e aos outros animais pela qual o espírito se inclina a uma acção.

2. Acto de se sentir impelido a algo.

3. Desejo.

4. Ânimo, espírito.

5. Capricho, fantasia, veleidade.

6. Necessidade física.

7. Apetite.

8. Arbítrio, mando, firmeza de carácter.

9. Zelo, interesse, empenho.

vontades


nome feminino plural

10. Desejos, apetites, fantasias.

11. [Antigo] [Antigo] Trastes, móveis, alfaias de luxo.


à vontade

Sem constrangimento, vergonha ou embaraço (ex.: não se sentia à vontade no meio daquela gente). [Confrontar: à-vontade.]

boa vontade

Disposição ou atitude favorável ou agradável em relação a algo ou alguém (ex.: mostra boa vontade em todas as tarefas para que é solicitado).

contra vontade

Em oposição ao gosto e à vontade. = A CONTRAGOSTO

pouco à vontade

Com constrangimento, vergonha ou embaraço. = CONSTRANGIDO, DESCONFORTÁVEL, EMBARAÇADO

má vontade

Disposição ou atitude desfavorável ou desagradável em relação a algo ou alguém (ex.: mostrou má vontade na realização do serviço).

etimologiaOrigem etimológica:latim voluntas, -atis.

à-vontadeà-vontadeà vontade
( à·-von·ta·de

à·-von·ta·de

à· von·ta·de

)


nome masculino

Estado de quem está a seu gosto, sem vergonha ou sem constrangimento (ex.: falou à população com um grande à-vontade). = DESINIBIÇÃOCONSTRANGIMENTO, INIBIÇÃO, TIMIDEZ, VERGONHA

etimologiaOrigem etimológica:à + vontade.

vistoPlural: à-vontade.
iconPlural: à-vontades.
iconeConfrontar: à vontade.
grafiaGrafia no Brasil:à vontade.
grafiaGrafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:à vontade.
grafia Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: à-vontade.
grafiaGrafia em Portugal:à-vontade.
àvontadeàvontade

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.




O verbo aconselhar no pretérito perfeito do indicativo está acentuado. Mas é "nós aconselhamos" e não "aconselhámos", certo?
Diferentemente do que sucedia no sistema verbal brasileiro, na norma europeia do português, e de acordo com a base XVII do Acordo Ortográfico de 1945, em Portugal, assinalava-se sempre com acento agudo a primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo dos verbos da primeira conjugação, terminados em -ar (ex.: aconselhámos). Com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, a base IX estipula, no seu ponto 4, que o acento agudo das formas verbais de pretérito perfeito do indicativo passa a ser facultativo (ex.: aconselhámos ou aconselhamos), para que se distingam das formas do presente do indicativo (ex.: aconselhamos). No entanto, é possível que a forma acentuada se mantenha como a preferencial em Portugal, uma vez que era essa a única grafia permitida pela anterior norma ortográfica, como acima se referiu.

É de salientar que as indicações acima se referem apenas à ortografia. Do ponto de vista da pronúncia, a distinção entre a vogal tónica com timbre aberto (equivalente a -ámos) ou fechado (equivalente a -âmos) no pretérito perfeito não é feita em muitos dialectos do português, nomeadamente em zonas do Norte de Portugal, na Madeira e em dialectos do Brasil (esse foi um dos argumentos para retirar a obrigatoriedade do acento gráfico no Acordo Ortográfico de 1990).

Devemos ainda referir que nos verbos da segunda (ex.: comer) e terceira conjugações (ex.: partir), não há qualquer distinção gráfica (ou fonética) entre a primeira pessoa do plural do presente do indicativo e do pretérito perfeito do indicativo (ex.: comemos ontem, comemos agora; partimos ontem, partimos agora).

O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa é um dicionário de português que permite a consulta de palavras na grafia com ou sem o novo acordo ortográfico, na norma europeia ou brasileira do português. Se consultar a conjugação na norma europeia, com a opção antes do novo acordo ortográfico, a única forma possível é a forma acentuada (aconselhámos); se consultar a conjugação com a opção da nova grafia seleccionada, surgem as duas opções (aconselhámos e aconselhamos). Se consultar a conjugação na norma brasileira, com ou sem o novo acordo ortográfico, a única forma possível é a forma sem acento (aconselhamos).