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taras

A forma taraspode ser [feminino plural de taratara] ou [segunda pessoa singular do presente do indicativo de tarartarar].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
tarartarar
( ta·rar

ta·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Pesar vasilhas, sacos ou veículos vazios para descontar o seu peso no dos géneros que transportam.

2. Marcar o peso da tara.

taratara
( ta·ra

ta·ra

)


nome feminino

1. Peso de recipiente ou continente vazio, sem o produto que pode conter (ex.: para obter o peso real da mercadoria, é preciso deduzir a tara do peso bruto).

2. Recipiente ou objecto que pode conter determinado produto (ex.: prefira bebidas engarrafadas de tara retornável).

3. Peso de um veículo de transporte vazio, sem a carga (ex.: o reboque tem tara superior a meia tonelada).

4. [Medicina] [Medicina] Anomalia hereditária (ex.: tara genética).

5. Defeito de fabrico (ex.: moedas sem tara). = FALHA

6. [Figurado] [Figurado] Mácula, defeito, senão.

7. [Informal] [Informal] Desequilíbrio mental (ex.: ele não é bom da cabeça, deve ter uma tara qualquer). = PANCA, PANCADA

8. [Informal] [Informal] Fixação ou atracção muito forte, por algo ou por alguém (ex.: tara por melancia). = MANIA, OBSESSÃO, PANCA

9. [Informal] [Informal] Desvio patológico do comportamento sexual considerado normal (ex.: tara com pés). = DEPRAVAÇÃO, PERVERSÃO

10. [Veterinária] [Veterinária] Defeito que diminui o valor de uma cavalgadura.

11. [Botânica] [Botânica] Taioba.


tara perdida

Recipiente que não pode ser devolvido para reutilização, por oposição aos retornáveis (ex.: garrafas de tara perdida).

tarastaras

Auxiliares de tradução

Traduzir "taras" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.