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raias

A forma raiaspode ser [feminino plural de raiaraia] ou [segunda pessoa singular do presente do indicativo de raiarraiar].

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raia1raia1
( rai·a

rai·a

)


nome feminino

1. Linha; estria; traço; risca.

2. Mancha comprida ou faixa de cor diferente. = BETA, LISTRA

3. Linha divisória ou de limite.

4. Fronteira de país ou região.

5. Divisão de uma piscina, demarcada longitudinalmente por bóias, usada para a prática de natação.

6. [Brasil] [Brasil] Recinto para corridas de cavalos. = CANCHA

7. [Informal] [Informal] Asneira, erro crasso.


dar raia

[Informal] [Informal] Desenrolar-se com problemas; correr mal (ex.: o concurso público deu raia).

mil raias

Fazenda fina de algodão de origem indiana. = ANARRUGA, SIRSACA

passar as raias

Exceder-se, abusar.

tocar as raias de

Ir até ao ponto que separa de.

etimologiaOrigem etimológica:alteração de raio.

raia2raia2
( rai·a

rai·a

)
Imagem

BrasilBrasil

Papagaio de papel cuja forma lembra a desse peixe.


nome feminino

1. [Ictiologia] [Ictiologia] Peixe de esqueleto cartilaginoso, da família dos raiídeos, de corpo achatado e romboidal, cauda larga e delgada, que vive no mar e de que se conhecem várias espécies.

2. [Brasil] [Brasil] Papagaio de papel cuja forma lembra a desse peixe.Imagem

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: ARRAIA

etimologiaOrigem etimológica:latim raia, -ae.

Colectivo:Coletivo:Coletivo:cardume.
raiarraiar
( rai·ar

rai·ar

)
Conjugação:unipessoal.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer riscas em. = BETAR, ESTRIAR, RAJAR, RISCAR

2. Estriar o interior do cano das armas de fogo.


verbo intransitivo

3. Brilhar, despedir raios luminosos.

4. Começar a despontar no horizonte.

5. [Figurado] [Figurado] Aparecer, surgir.

etimologiaOrigem etimológica:raia + -ar.

raiasraias

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.