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varíolas

variolação | n. f.

Inoculação de uma varíola benigna para proteger o indivíduo contra uma varíola grave....


alastrim | n. m.

Doença eruptiva epidémica, semelhante à varíola e à varicela....


bexiga | n. f. | n. f. pl.

Espécie de saco em que se acumula a urina até ser expulsa....


cowpox | n. m. 2 núm.

Doença da vaca ou do cavalo que se pode transmitir ao homem e que lhe confere a imunidade contra a varíola....


Inoculação de uma varíola benigna com o fim de proteger o indivíduo contra uma varíola grave....


variolado | adj. n. m.

Que ou quem foi atacado de varíola....


vacino- | elem. de comp.

Exprime a noção de vacina (ex.: vacinofobia)....


variólico | adj.

Relativo à varíola (ex.: inoculação variólica; vírus variólico)....


varioloso | adj. | adj. n. m.

Relativo a varíola (ex.: vírus varioloso)....


Que combate a varíola (ex.: vacinação antivariólica)....


vacínia | n. f.

Doença pustulosa das vacas leiteiras....


varíola | n. f.

Doença infecciosa, eruptiva, contagiosa e epidémica, caracterizada pelo aparecimento de pústulas na pele....


erradicar | v. tr.

Arrancar pela raiz (ex.: vamos erradicar as plantas doentes)....


variolizar | v. tr.

Inocular com uma varíola benigna para proteger o indivíduo contra uma varíola grave; fazer a variolização de....


variolar | adj. 2 g. | v. tr.

Que tem manchas semelhantes às pústulas da varíola....


variolóide | n. f. | adj. 2 g.

Varíola benigna ou varíola modificada pela vacina....


vacina | n. f.

Doença da vaca ou do cavalo que se pode transmitir ao homem e que lhe confere a imunidade contra a varíola....


chumbergas | n. 2 g. | n. f. 2 núm.

Homem que se inspira, no seu porte ou aspecto, no general Schomberg, militar alemão (cerca de 1616-1690)....



Dúvidas linguísticas



Monitorar ou monitorizar?
Os verbos monitorar e monitorizar são formações correctas a partir do substantivo monitor, a que se junta o sufixo verbal -ar ou -izar, e têm o mesmo significado, pelo que são sinónimos. A opção por um ou por outro cabe ao utilizador; no entanto, os dicionários que seguem a norma europeia da língua portuguesa parecem preferir a forma monitorizar, pois é esta a única forma que aparece registada no Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto Editora, 2004) ou no Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado (Âncora Editora, 2001) e a edição portuguesa do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) remete monitorar para monitorizar. Os dicionários que seguem a norma brasileira da língua portuguesa remetem geralmente monitorizar para monitorar, como é o caso da edição brasileira do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Objetiva, 2001) ou do Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Positivo, 2004).



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.


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