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subjuntivo

finito | adj. | n. m.

Que é relativo aos modos indicativo, conjuntivo, condicional ou imperativo do verbo (ex.: formas verbais finitas)....


conjugação | n. f.

Acto de flexionar um verbo (ex.: conjugação do conjuntivo)....


optativo | adj. | adj. n. m.

Diz-se de ou o modo conjuntivo quando exprime desejo....


imperfeito | adj. | adj. n. m.

Tempo verbal que apresenta uma acção ou um estado como possível ou contingente num momento anterior ao momento da enunciação ou ao momento da oração principal, geralmente numa oração subordinada (ex.: estes são exemplos do imperfeito do conjuntivo: se estudasse mais, teria melhor nota; o médico desaconselhou que eu comesse doces; se partisses agora, chegavas a tempo)....


perfeito | adj. | n. m.

Tempo verbal composto que exprime uma acção ou um estado hipotético perfeitamente acabado, geralmente numa oração subordinada (ex.: estes são exemplos do perfeito do conjuntivo: espero que ele tenha andado depressa; será necessário que tenhamos comido o suficiente; temo que tenham partido sem nos avisarem)....


ser | v. cop. | v. tr. | v. intr. | v. auxil. | n. m.

Seguido de conjuntivo, introduz a condição para que algo se verifique (ex.: o atleta não pretende mudar de clube, a não ser que a proposta seja mesmo muito boa)....


subjuntivo | adj. | adj. n. m.

Dependente ou subordinado....


pretérito | adj. | n. m.

Tempo verbal que apresenta uma acção ou um estado como possível ou contingente num momento anterior ao momento da enunciação ou ao momento da oração principal, geralmente numa oração subordinada (ex.: estes são exemplos do pretérito imperfeito do conjuntivo: se estudasse mais, teria melhor nota; o médico desaconselhou que eu comesse doces; se partisses agora, chegavas a tempo)....


Lei de origem inglesa [Magna Carta, de 15-VI-1215] que garante a liberdade individual aos cidadãos, dando aos acusados o direito de serem imediatamente julgados ou aguardarem o seu julgamento em liberdade, mediante fiança....


modo | n. m. | n. m. pl.

Modo verbal em que a acção é expressa como uma possibilidade ou como um desejo....


mais-que-perfeito | adj. n. m.

Tempo verbal composto que exprime uma acção ou um estado hipotético que é passado e anterior a outra acção, a outro estado ou a outro tempo também passados, geralmente numa oração subordinada (ex.: estes são exemplos do mais-que-perfeito do conjuntivo: se ele tivesse andado mais depressa, teria vencido a corrida; não esperava que tivesses comido o bolo todo; tinha esperança de que eles ainda não tivessem partido)....


caso | n. m. | conj.

Exprime condição e usa-se com o verbo no modo conjuntivo (ex.: caso não chova, vamos ao cinema; a equipa podia descer de divisão, caso perdesse o jogo de ontem)....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.




Vi a definição de ideal e constava "conjunto imaginário de perfeições que não podem ter realização completa". Queria confirmar com vocês, no caso, se o verbo "poder" não deveria conjugar com "conjunto"? Desta forma, seria "o conjunto não pode" ao invés de "o conjunto não podem". Ou existe a possibilidade de se concordar com "perfeições"? Me soa como o mesmo caso de conjugar "a maioria", em que também o verbo vai para o singular.
A definição referida ("conjunto imaginário de perfeições que não podem ter realização completa") não é uma frase completa. O pronome relativo "que", refere-se a "perfeições" e não ao "conjunto", isto é, são as "perfeições que não podem ter realização completa" e não o "conjunto". Seria, no entanto, possível e correcta outra formulação, se o foco estivesse no "conjunto [...] que não pode ter realização completa", mas cremos que, neste caso, a definição teve intenção de se focar nas "perfeições que não podem ter realização".
Note-se que as definições de dicionário geralmente não têm frases completas, nem verbo principal. Como se trata da definição de um nome ou substantivo, a definição é um grupo nominal, Se integrarmos este grupo nominal numa frase completa, o verbo principal concordará preferencialmente com o núcleo do sintagma nominal (ex.: [o conjunto imaginário de [perfeições que não podem ter realização completa]] pode ser chamado de ideal). Nesse caso, seria um caso de concordâncias em frases com dois núcleos nominais, ligados normalmente por preposição, assunto sobre o qual poderá consultar a resposta à dúvida concordâncias com grupos nominais de estrutura complexa.


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