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retrocederás

refluente | adj. 2 g.

Que reflui, que volta para o seu ponto de origem....


caminho | n. m.

Nome genérico de todas as faixas de terreno que conduzem de um a outro lugar....


retrocedente | adj. 2 g. | n. 2 g.

Que retrocede, que volta para trás....


retrógrado | adj. | n. m.

Que retrograda; que anda para trás; que recua; que retrocede de vez....


recorrente | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g. | adj. 2 g. n. m.

Que recorre....


acuar | v. intr. e pron.

Agachar (o animal) a parte posterior para se defender ou para preparar o salto....


afluir | v. tr. e intr.

Correr ou dirigir-se em determinada direcção ou ponto (ex.: três rios afluem ali)....


ciar | v. intr.

Remar para fazer recuar ou dar volta a uma embarcação....


desadaptar | v. tr. e pron.

Retirar ou perder a capacidade de adaptação ou retroceder numa adaptação já feita (ex.: a passividade desadaptou-o; essa legislação já se desadaptou da realidade tecnológica)....


desandar | v. tr. | v. intr.

Desfazer (voltando ou fazendo voltar para trás)....


estacionar | v. tr. e intr. | v. intr.

Parar num determinado lugar ou posição durante algum tempo (ex.: estacionar o carro; procurava lugar para estacionar)....


recuar | v. intr. | v. tr.

Andar para trás....


refluir | v. intr. | v. tr. e intr.

Movimentar-se (a água), de volta para o lugar donde veio....


refugir | v. intr. | v. tr.

Tornar a fugir, retroceder....


regredir | v. intr.

Diminuir em número, força ou intensidade (ex.: a sua doença já regrediu)....


retroceder | v. intr. | v. tr. e intr.

Andar para trás....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.




Solicito a sua correção para o seguinte: "Prezados Senhores, Encaminhamo-lhes para publicação no Diário Oficial, o Edital [...]" ou "Encaminhamos-lhes para publicação [...]"?
Com o pronome lhe a forma verbal não deve sofrer alterações: encaminhamos-lhes. Se, porém, fosse o pronome o ou a, a forma verbal sofreria alteração e também o pronome (ex.: encaminhamos o documento --> encaminhamo-lo).

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