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maquiam

maquia | n. f.

Medida de capacidade equivalente a 2/16 do alqueire....


maquieiro | n. m.

Medida de capacidade com que o moleiro tira a sua maquia....


maquiadura | n. f.

Acto ou efeito de maquiar, medir com maquias....


maquiador | adj. n. m.

Que ou aquele que maquia ou recebe maquias....


maquiar | v. intr. | v. tr.

Cobrar a maquia....


maquilar | v. tr. e pron.

O mesmo que maquilhar....


maquiador | adj. n. m.

Que ou quem maquilha. [Equivalente no português de Portugal: maquilhador.]...


maquilhador | adj. n. m.

Que ou quem maquilha. [Equivalente no português do Brasil: maquiador.]...


desmaquiar | v. tr. e pron.

Retirar cosméticos e pinturas usados na pele; limpar a maquilhagem aplicada. [Equivalente no português de Portugal: desmaquilhar.]...


miqueado | adj. n. m.

Que ou quem tem pouco dinheiro ou pouco recursos....


miquear | v. tr.

Deixar pobre ou sem recursos....


maquiado | adj.

Que tem maquilhagem; que se maquilhou. [Equivalente no português de Portugal: maquilhado.]...


maquilhado | adj.

Que tem maquilhagem; que se maquilhou. [Equivalente no português do Brasil: maquiado.]...


maquiar | v. tr. e pron.

Aplicar cosméticos e pinturas na pele, geralmente para embelezar, para disfarçar ou ocultar defeitos ou ainda para caracterização em espectáculos....


maquiagem | n. f.

Acto ou efeito de maquilhar....


maquilhar | v. tr. e pron.

Aplicar cosméticos e pinturas na pele, geralmente para embelezar, para disfarçar ou ocultar defeitos ou ainda para caracterização em espectáculos....


automaquiar | v. pron.

Aplicar cosméticos e pinturas na própria pele, geralmente para embelezar, para disfarçar ou ocultar defeitos ou ainda para caracterização em espectáculos. (Equivalente no português de Portugal: automaquilhar.)...



Dúvidas linguísticas



Se seis meses é um semestre, como se designam cinco meses?
Tal como é referido na resposta quinquimestral, o prefixo de origem latina quinqui- (que indica a noção de “cinco”) é bastante produtivo, sendo possível formar a palavra quinquimestre para designar um período de cinco meses. Esta palavra não se encontra registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas a sua formação respeita as regras morfológicas da língua portuguesa.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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