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lenhem

ligni- | elem. de comp.

Exprime a noção de madeira (ex.: ligniforme)....


acapna | n. f.

Lenha seca que não deita fumo....


chapota | n. f.

Acto de chapotar ou cortar os ramos inúteis das árvores....


garavato | n. m.

Vara com um gancho na extremidade para colher fruta....


garaveto | n. m.

Pedaço de lenha miúda....


lampantana | n. f.

Estufado de ovelha, feito com vinho e geralmente cozinhado em caçoila de barro, de preferência em forno a lenha....


lanho | n. m.

Golpe de instrumento cortante....


miúdas | n. f. pl.

Lucros que vêm pouco a pouco....


mofa | n. f.

Cinza de faúlha que cai onde se queima lenha....


xilema | n. m.

Tecido vegetal, formado de células vivas, de fibras e de vasos que constituem a madeira....


xilometria | n. f.

Cubagem de madeira ou lenha....


fómite | n. m.

Objecto ou material que pode alojar um agente infeccioso e permitir a sua transmissão....


áscua | n. f.

Carvão ou lenha incandescente, mas sem chama....


borralheira | n. f.

Lugar onde se junta a borralha, a cinza de fogão a lenha ou de lareira....


borralheiro | adj. | n. m.

Que gosta de estar ao lume, junto ao borralho....


jóina | n. f.

Designação dada a duas espécies de plantas leguminosas faseoláceas (Ononis natrix, Ononis ramosissima)....


morilho | n. m.

Pedra ou peça de ferro em que se apoia a lenha na lareira e que geralmente separa o lar da borralheira....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.


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