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família

anárico | adj.

Diz-se das línguas que não pertencem à família árica....


entroncado | adj.

Ligado ao tronco ou estirpe de família....


homogéneo | adj.

Da mesma natureza que outro....


bifamiliar | adj. 2 g.

Que serve ou pode ser habitado por duas famílias (ex.: moradia bifamiliar)....


ramnáceo | adj.

Pertencente ou relativo à família das ramnáceas....


teúdo | adj.

Sustentado financeiramente (ex.: vivia com um amante teúdo e manteúdo; era teúda e manteúda de um chefe de família)....


unido | adj.

Que vive em harmonia ou companheirismo com outro ou outros (ex.: família unida; são irmãos muito unidos)....


-genia | elem. de comp.

Exprime a noção de nascimento, origem....


unifamiliar | adj. 2 g.

Relativo ou pertencente apenas a uma família (ex.: residência unifamiliar)....


geno- | elem. de comp.

Exprime a noção de nascimento, origem, gene (ex.: genótipo)....


tomara | interj.

Usa-se para exprimir desejo (ex.: tomara que chova três dias sem parar; tomara ele ter uma família como esta)....


Que não tem referências ou bases de sustentação (ex.: família desestruturada)....


-génio | elem. de comp.

Exprime a noção de nascimento, origem (ex.: monogénio)....


palmáceo | adj.

Relativo à família das palmas....


malmente | adv.

Com dificuldade ou a custo (ex.: o salário dava para a família sobreviver malmente)....


intrafamiliar | adj. 2 g.

Que é relativo a ou acontece no interior da família ou do grupo familiar (ex.: problemas intrafamiliares; violência intrafamiliar)....


De maneira simplificada (ex.: o mapa ilustra, simplificadamente, a árvore genealógica da família)....


-ídeo | suf.

Indica família, classe ou ordem de animais ou plantas (ex.: aracnídeo; ofrídea)....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.


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