PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

ensopai

empapado | adj.

Reduzido a papa; ensopado; embebido....


lama | n. f.

Conjunto de matérias soltas do solo ensopadas em água....


ensopado | adj. | n. m.

Bem molhado....


ragu | n. m.

Qualquer guisado ou ensopado, geralmente com bastante molho (ex.: ragu de legumes)....


muamba | n. f.

Tipo de cesto para transportar mercadorias....


maxixada | n. f.

Ensopado em que há muito maxixe....


afogar | v. tr. | v. intr.

Fazer morrer debaixo de água....


embeber | v. tr. | v. pron.

Ensopar, sorver, recolher em si (um líquido)....


empapar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Embeber; ensopar....


ensopar | v. tr. | v. pron.

Pôr (o pão) a abeberar....


repassar | v. tr. | v. intr. e pron.

Passar de novo; penetrar....


encharcado | adj.

Que se molhou ou ficou cheio de água (ex.: pôs a camisa encharcada a secar)....


aboborar | v. tr., intr. e pron. | v. tr. | v. tr. e intr.

Pôr ou ficar mole....


ensopadeira | n. f.

Recipiente largo, geralmente de louça ou metal, usado para levar a sopa à mesa....


abeberar | v. tr. e pron. | v. pron.

Levar a beber ou saciar a própria sede (ex.: abeberar o gado; os animais abeberavam-se no riacho)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se "frigidíssimo" é superlativo absoluto sintético de "frio".
Os adjectivos frio e frígido têm em comum o superlativo absoluto sintético frigidíssimo, pois provêm ambos do étimo latino frigidus.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


Ver todas