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encadernador

encadernador | n. m.

Indivíduo cuja profissão é encadernar livros....


sinalefa | n. f.

Ferramenta de encadernador para dourar os filetes na lombada da encadernação....


tumba | n. f. | n. 2 g. | interj.

Almofada sobre a qual os encadernadores douram as capas dos livros....


costuradeira | n. f.

Aparelho de que se servem os encadernadores para costurar brochuras....


estribilha | n. m.

Cada uma das duas peças de madeira com que o encadernador aperta os livros quando os cose. (Mais usado no plural.)...


cosedor | adj. n. m. | n. m.

Bastidor em que os encadernadores cosem os livros....


banho | n. m. | n. m. pl.

O que é usado pelos encadernadores para marmorizar o papel....


assinatura | n. f.

Algarismo que cada página inicial do caderno ostenta na margem branca de pé. [Destina-se a indicar ao encadernador a ordem dos cadernos quando da formação do corpo da obra; por vezes, em lugar dele utilizam-se letras em ordem crescente, e, uma vez terminado o abecedário, combinam-se duas ou mais, voltando ao princípio, ex.: AA, BB, CC, etc.]...


respaldar | v. tr. e pron. | v. tr. | n. m.

Consertar as margens de (ex.: o encadernador vai respaldar as folhas do livro que estão rasgadas ou gastas)....


virador | n. m.

Ferro com que os encadernadores doiram as capas dos livros....


tear | n. m.

Aparelho em que o encadernador cose os livros....


rosa | n. f. | n. m. | adj. 2 g. 2 núm.

Peça de latão com que os encadernadores douram os livros....


balancé | n. m.

Máquina em forma de prensa usada pelos encadernadores, com dois planos horizontais aplicados no couro e em outros materiais de revestimento das encadernações para impressão a relevo (ex.: balancé de dourar)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é o adjectivo de pedra.
Poderá utilizar como adjectivo relativo a pedra ou com características de pedra a palavra pétreo ou, menos usadas, as palavras petroso ou sáxeo.



A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).


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