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desinência

Qualificativo das flexões verbais cuja sílaba tónica está na terminação ou na desinência e não na raiz (ex.: andaremos é uma forma arrizotónica)....


desitivo | adj.

Que denota desinência; cessação de acção....


Diz-se de pronome átono que está entre o radical e a desinência, no futuro do indicativo e no condicional (ex.: conjugá-lo-ei)....


desinência | n. f.

Flexão (de palavra) posposta ao radical....


homeoteleuto | n. m.

Correspondência fonética da terminação ou desinência das palavras finais de uma oração ou de um verso....


tema | n. m.

O que fica de uma palavra, tirando a desinência ou os sufixos....


inflexão | n. f.

Flexão; variação da desinência....


sufixo | n. m.

Desinência....


conjugação | n. f.

Modelo de conjugação dos verbos em português que tem tema em -a, a que se juntam depois as desinências (ex.: os verbos amar e negociar pertencem à primeira conjugação)....


flexão | n. f.

Variante das desinências nas palavras declináveis e conjugáveis....


sujeito | adj. | n. m.

Sujeito nulo que pode ser recuperado através da desinência verbal....


raiz | n. f.

Parte de uma palavra que mantém sua significação básica e à qual se podem juntar afixos e desinências para formar flexões ou derivações....


mesóclise | n. f.

Colocação do pronome átono entre o radical e a desinência, no futuro do indicativo e no condicional (ex.: há mesóclise em conjugá-lo-ei)....


desinencial | adj. 2 g.

Que é relativo a desinência ou que tem desinências (ex.: futuro desinencial; sistema desinencial; sujeito desinencial; vogais desinenciais)....


tempo | n. m.

Conjunto de tempos verbais de que os outros se formam pela mudança das desinências....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Qual a maneira correcta de escrever o nome da freguesia alentejana Évoramonte, Evoramonte, Évora Monte, Évora-Monte? Não encontro consenso...
A grafia correcta desta povoação alentejana deverá ser Évora Monte, segundo as principais obras de referência, nomeadamente o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (Coimbra: Editora Coimbra, 1966) ou o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado (Lisboa: Livros Horizonte, 2003). Do ponto de vista oficial, também é a forma Évora Monte que consta no Sistema de Informação e Gestão do Recenseamento Eleitoral, da Direcção Geral da Administração Interna e na lista de freguesias publicada pelo STAPE em 2005.

No Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, José Pedro Machado refere que o nome da povoação “está por Évora do monte ou Évora a do monte” e apresenta-nos uma abonação do que deverá ser a mais antiga ocorrência conhecida deste topónimo: Euoramonti (ocorre em 1271, na Chancelaria de D. Afonso III), o que, de alguma forma, poderá explicar a forma Evoramonte, que é desaconselhável. Esta forma é, no entanto, bastante frequente, provavelmente também por analogia com outros topónimos em que a palavra monte se aglutinou com outras palavras, como Belmonte, Vaiamonte ou Videmonte.

A grafia Évora-Monte é de evitar e a forma Évoramonte é claramente violadora das regras ortográficas do português, uma vez que as palavras em português só podem ser graficamente acentuadas numa das três últimas sílabas.


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