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descobrindo

desgorjado | adj.

Decotado; com o pescoço descoberto; esgorjado....


desvelado | adj.

Vigilante; cuidadoso; extremoso....


escarolado | adj.

Tirado do carolo; esbagoado....


péu | interj.

Usada para obrigar os distraídos a descobrir-se, tirando o chapéu, depois de levantado o pano, numa representação teatral, etc., ou à passagem de qualquer símbolo respeitado....


Que pode perceber ou ouvir qualquer bulha por mais pequena que seja....


socrático | adj.

Relativo a Sócrates ou à sua doutrina....


liquénico | adj.

Relativo a líquen (ex.: diversidade liquénica, talo liquénico)....


Inscrição gravada no pedestal do político e cientista norte-americano Benjamin Franklin (1706-1790), alusiva à sua descoberta do pára-raios e ao seu papel histórico nas lutas pela liberdade....


yersiniano | adj.

Relativo a Alexandre Yersin (1863-1943), bacteriologista franco-suíço que descobriu o bacilo da peste (1894), ou às suas doutrinas....


eureka | interj.

Exclamação de Arquimedes tornada proverbial, ao descobrir, no banho, a lei do peso específico dos corpos....


alquimia | n. f.

Química da Idade Média; ciência oculta medieval tendente a descobrir o elixir da vida e a pedra filosofal....


altaíte | n. f.

Variedade de chumbo, descoberta no Altai....


areinho | n. m.

Pequeno areal, à beira de um rio....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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