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criticaria

Resposta do pintor Apeles a um sapateiro que, depois de haver criticado, num dos seus quadros, uma sandália, julgou também poder criticar o resto; aplica-se aos que pretendem julgar de coisas para que lhes falta competência....


Resposta do pintor Apeles a um sapateiro que, depois de haver criticado, num dos seus quadros, uma sandália, julgou também poder criticar o resto; aplica-se aos que pretendem julgar de coisas para que lhes falta competência....


pichado | adj.

Que foi pintado ou desenhado; que sofreu pichação....


Doutrina positiva moderna que critica violentamente o valor da ciência....


laia | n. f.

Jaez, espécie, qualidade, casta (ex.: conhecia bem a gente dessa laia)....


represália | n. f.

Dano que se faz sofrer a outrem, como indemnização ou resposta em relação a outro dano causado por esse outrem....


critério | n. m.

Faculdade de distinguir o verdadeiro do falso, o bom do mau....


crítica | n. f.

Análise, feita com maior ou menor profundidade, de qualquer produção intelectual (de natureza artística, científica, literária, etc.)....


hipercrítico | n. m. | adj.

Crítico excessivamente rigoroso, severo....


mosquiteiro | adj. | n. m.

Relativo a mosquitos ou moscas (ex.: janela com tela mosquiteira)....


criticaria | n. f.

Conjunto de críticos ou de críticas....


Acto ou efeito de psiquiatrizar ou de se psiquiatrizar (ex.: criticou a psiquiatrização de eventos que não são necessariamente patológicos)....


revista | n. f.

Acto ou efeito de revistar....


sátira | n. f.

Poesia em que o autor mete a ridículo os vícios ou defeitos de uma época ou pessoa....


diatribe | n. f.

Na antiga Grécia, dissertação que os filósofos faziam acerca de uma obra....


Qualidade do que é sequencial ou do que se faz ou ocorre em sequência; em que há sequência (ex.: criticou a falta de sequencialidade dos programas escolares)....


autocrítico | adj. n. m.

Que ou aquele que se critica a si próprio....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



É possível (correto) construir locuções com três verbos?
Uma locução é um conjunto de palavras que corresponde ao comportamento de uma palavra de determinada categoria. O número não é um critério linguístico de correcção; desde que esteja correcto do ponto de vista sintáctico e semântico, é possível uma locução com vários verbos. O mais comum são locuções com dois verbos, correspondendo a tempos compostos (ex.: tinha comido), tempos passivos (ex.: foi comido) ou a perifrásticas (ex.: começou a comer), mas é possível haver locuções com mais verbos, especialmente se se tratar de passivas ou de perifrásticas conjugadas com o auxiliar num tempo composto (ex.: tinha sido comido; tinha começado a comer). Em situações excepcionais, é possível encontrar sequências longas de formas verbais (ex.: contamos poder começar a comer às três; tínhamos contado ter podido começar a comer às três).

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