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calharão

electrificável | adj. 2 g.

Que se pode electrificar ou dotar de instalação eléctrica (ex.: mesas de reunião com calhas electrificáveis; cerca electrificável)....


calhança | n. f.

Em tipografia, espaços em branco, contados como linhas em favor do compositor....


calhe | n. f.

Rua estreita....


trilho | n. m.

Barra metálica sobre que assentam as rodas dos vagões e de outros veículos....


coche | n. m.

Tabuleiro em que se acarreta a cal amassada....


electrocalha | n. f.

Conduta metálica rígida perfurada, destinada à distribuição, geralmente horizontal, de fios e cabos eléctricos....


tantas | n. f. pl.

Momento indeterminado (ex.: lá para as tantas, a presidente pediu a palavra)....


chuvento | adj. | n. m.

Em que há chuva (ex.: noite chuventa)....


alhete | n. m.

Pequena calha ou canal de secção arredondada aberto nos peitoris de pedra das janelas e nas bacias das sacadas, para escoamento das águas da chuva para o exterior....


bicame | n. m.

Calha; encanamento de água a descoberto....


limpa-calhas | n. m. 2 núm.

Instrumento com que se limpam os carris dos carros eléctricos....


longrina | n. f.

Viga sobre que se pregam as calhas de uma via de tracção....


sanefa | n. f.

Tira ou estrutura larga, de tecido, de madeira ou de outro material, que se dispõe transversalmente na parte superior de uma cortina, para ornamento ou para esconder a calha ou varão onde correm as cortinas....


cortineiro | n. m.

Pessoa que faz ou vende cortinas....


caliz | n. m.

Calha de madeira que leva água às caldeiras dos engenhos de açúcar....


cachorro | n. m. | adj. n. m. | adj.

Cão com menos de seis meses; cão jovem....


masseira | n. f.

Tabuleiro fundo ou móvel usado para amassar o pão....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.

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