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calamidade

luctífero | adj.

Que causa luto, que produz calamidade; desastroso; funesto....


Fórmula para exprimir o desejo de que algum perigo, mal ou calamidade que receamos não aconteça....


calamidade | n. f.

Grande mal comum a muitos; acontecimento que causa danos, destruição ou morte a muita gente (ex.: a situação de seca generalizada é uma calamidade; prevenção de acidentes graves e calamidades)....


ptomaína | n. f.

Putrefacção cadavérica....


páthos | n. m. 2 núm.

Emoção intensa que uma obra de arte ou um acontecimento desperta no espectador....


açoite | n. m.

Castigo, flagelo, calamidade....


flagelo | n. m.

Calamidade pública....


hidra | n. f.

Pessoa, coisa, calamidade, flagelo que se renova constantemente à medida que se fazem esforços para o combater ou debelar....


horror | n. m. | n. m. pl.

Desgraças, calamidades....


clade | n. f.

Calamidade pública....


desolação | n. f.

Estrago causado por calamidade....


incêndio | n. m.

Fogo que, mediante a dimensão e intensidade, pode provocar prejuízos (ex.: apagar um incêndio; o combate ao incêndio florestal demorou várias horas)....


lazeira | n. f.

Desgraça, calamidade....


ladairo | n. m. | n. m. pl.

Orações públicas aquando de alguma calamidade....


catástrofe | n. f.

Grande desgraça que atinge muitas pessoas....


hecatombe | n. f.

Sacrifício de cem reses....


lues | n. f. 2 núm.

Doença infecto-contagiosa, venérea, provocada por um microrganismo (Treponema pallidum) e que se manifesta por diferentes lesões e repercussões no sistema nervoso....


praga | n. f.

Imprecação de males (contra alguém)....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Gostaria de saber algo sobre a palavra tauba, pois ouvi dizer que a palavra não está errada, mas achei em dicionário algum... Então fiquei em dúvida se ela é uma palavra nativa da língua portuguesa, ou é uma forma errada de pronunciá-la!
A palavra tauba não se encontra averbada em nenhum dicionário de língua portuguesa por nós consultado e o seu uso é desaconselhado na norma portuguesa. Trata-se de uma deturpação por metátese (troca da posição de fonemas ou sílabas de um vocábulo) da palavra tábua. Essa forma deturpada é usada em registos informais ou populares de língua, mais característicos da oralidade.

Regra geral, os dicionários registam o léxico da norma padrão, respeitando a ortografia oficial e descurando as variantes dialectais e populares. Ao fazê-lo, demarca-se o português padrão, aquele que é ensinado oficialmente, do português não padrão, aquele que se vai mantendo por tradição oral, em diferentes regiões do espaço lusófono. Ainda assim, há alguns exemplos deste português não padrão que se encontram registados em dicionários da língua padrão, seja porque surgem com alguma frequência em textos literários, seja porque se generalizaram em alguns estratos, seja para reencaminhar o consulente para a forma correcta. Tal acontece em obras como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), que regista, por exemplo, palavras como açucre, fror, frechada, prantar, pregunta, preguntar ou saluço a par das formas oficiais açúcar, flor, flechada, plantar, pergunta, perguntar, soluço, ou o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, que regista palavras como bonecra, noute e aguantar a par das formas boneca, noite e aguentar.


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