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botou

boto | adj.

Que perdeu o gume ou a ponta, não podendo por isso cortar ou furar como antes....


lampeiro | adj.

Que nasce ou surge antes do tempo....


chiola | n. f.

Carro de bois velho que chia muito....


encospas | n. f. pl.

Peças com que se alargam as botas ou outro tipo de calçado....


diabo | n. m. | interj.

Cada um dos anjos maus....


galocha | n. f.

Espécie de calçado que se calça por cima de outro, geralmente para o proteger da humidade ou da lama....


largo | adj. | n. m. | adv.

De bastante ou muita largura....


palmilha | n. f.

Forro interior da sola do sapato ou da bota....


puxadeira | n. f.

Asa ou pestana na parte superior do cano da bota, etc....


solaria | n. f.

Grande porção de sola....


zabra | n. f.

Pequena embarcação, semelhante a um bote, da África Oriental....


encóspias | n. f. pl.

Peças com que se alargam as botas ou outro tipo de calçado....


insuflável | adj. 2 g. | n. m.

Que se pode insuflar (ex.: bote insuflável; colchão insuflável)....


perdigota | n. f.

Usado na locução não bater a bota com a perdigota....


alargadeiras | n. f. pl.

Peças com que se alargam as botas ou outro tipo de calçado....


esquife | n. m.

Pequena embarcação ao serviço de outra maior....


borra-botas | n. m. 2 núm.

Engraxador pouco habilidoso ou que presta mau serviço....


botada | n. f.

O início da moagem dos engenhos de açúcar....



Dúvidas linguísticas



Tenho informações de que a palavra adequar é verbo defectivo e portanto, dizer "eu adequo" estaria errado por não existir esta conjugação.
Nem sempre há consenso entre os gramáticos quanto à defectividade de um dado verbo. É o que acontece no presente caso: o Dicionário Aurélio Eletrônico, por exemplo, regista o verbo adequar como defectivo, conjugando-o apenas parcialmente, enquanto o Dicionário Eletrônico Houaiss conjuga o verbo em todas as suas formas. A este respeito convém talvez transcrever o que diz Rebelo Gonçalves (que conjuga igualmente o referido verbo em todas as formas) no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (1966: p. xxx):

"3. Indicando a conjugação de verbos defectivos, incluímos nela, donde a onde, formas que teoricamente podem suprir as que a esses verbos normalmente faltam. Critério defensável, parece-nos, porque não custa admitir, em certos casos, que esta ou aquela forma, hipotética hoje, venha a ser real amanhã; e, desde que bem estruturada, serve de antecipado remédio a possíveis inexactidões."

A defectividade verbal ocorre geralmente por razões de pronúncia (por exemplo, para não permitir sequências sonoras estranhas ou desagradáveis ao ouvido dos falantes como *coloro em “Eu coloro com tinta verde.” [leia-se: “Eu estou a colorir com tinta verde” / “Eu estou colorindo com tinta verde”]) ou por razões de significado (nem sempre a ideia transmitida pelo verbo é passível de ser expressa por todas as pessoas gramaticais). No entanto, convém ter em mente, como afirma Rebelo Gonçalves, que o termo (no caso, uma forma verbal) que hoje não passa de uma hipótese, futuramente poderá ser uma realidade.

No caso em análise, será correcta uma frase como "eu adequo a minha linguagem ao público a que me dirijo".




Em palavras como emagrecer e engordar as terminações -er e -ar são sufixos ou desinências verbais de infinitivo? Se são o último caso, essas palavras não podem ser consideradas derivações parassintéticas...ou podem?
As terminações verbais -er e -ar são compostas pela junção de -e- (vogal temática da 2.ª conjugação) ou -a- (vogal temática da 1.ª conjugação), respectivamente, à desinência de infinitivo -r. Destas duas terminações, apenas -ar corresponde a um sufixo, pois no português actual usa-se -ar para formar novos verbos a partir de outras palavras, normalmente de adjectivos ou de substantivos, mas não se usa -er. Apesar de os sufixos de verbalização serem sobretudo da primeira conjugação (ex.: -ear em sortear, -ejar em relampaguejar, -izar em modernizar, -icar em adocicar, -entar em aviventar), há alguns sufixos verbais da segunda conjugação, como -ecer. Este sufixo não entra na formação do verbo emagrecer, mas entra na etimologia de outros verbos formados por sufixação (ex.: escurecer, favorecer, fortalecer, obscurecer, robustecer, vermelhecer) ou por prefixação e sufixação simultâneas (ex.: abastecer, abolorecer, amadurecer, empobrecer, engrandecer, esclarecer).

Dos verbos que menciona, apenas engordar pode ser claramente considerado derivação parassintética, uma vez que resulta de prefixação e sufixação simultâneas: en- + gord(o) + -ar. O verbo emagrecer deriva do latim emacrescere e não da aposição de prefixo e sufixo ao adjectivo magro.


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