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bonde

bonde | n. m.

Título da dívida externa, pagável ao portador....


motorneiro | n. m.

Indivíduo que conduz veículos eléctricos de transporte de passageiros (ex.: motorneiro de bonde). [Equivalente no português de Portugal: guarda-freio.]...


trâmuei | n. m.

Caminho-de-ferro de carris chatos (sistema americano) usado por viaturas urbana de transporte de passageiros....


pendura | n. f. | n. 2 g.

Pessoa que viaja pendurada no exterior de um eléctrico, para não pagar bilhete. (Equivalente no português do Brasil: pingente.)...


motoreiro | n. m.

Indivíduo que conduz veículo eléctricos de transporte de passageiros (ex.: motoreiro de bonde)....


carapicu | n. m.

Meia passagem de bonde....


tranvia | n. f.

Caminho-de-ferro de carris chatos (sistema americano) usado pelos elétricos....


plataforma | n. f.

Estrado nos elétricos, por onde saem e entram os passageiros....


pantógrafo | n. m.

Dispositivo articulado existente na parte superior de locomotivas, automotoras, eléctricos ou outros meios de transporte eléctrico para receber a corrente eléctrica da catenária....


boró | n. m.

Bilhete de eléctrico que circulava como dinheiro....


caradura | adj. 2 g. n. 2 g. | n. m.

Carro eléctrico de segunda classe, para transporte de passageiros e de carga....


catenária | n. f.

Sistema de cabos de distribuição e alimentação eléctrica aérea de comboios, locomotivas, automotoras ou eléctricos....


pingente | n. m. | n. 2 g.

Pessoa que viaja pendurada no exterior de um veículo de transporte colectivo, em especial de um eléctrico, para não pagar bilhete. (Equivalente no português de Portugal: pendura.)...


eléctrico | adj. | n. m.

Viatura urbana de transporte de passageiros, geralmente com apenas uma composição, movida por electricidade e que circula sobre carris de ferro. (Equivalente no português do Brasil: bonde.)...


guna | n. m.

Andar pendurado do lado de fora da porta de um transporte público, sobretudo nos eléctricos, sem pagar bilhete....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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