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muitíssimos

A forma muitíssimosé [derivação masculino plural de muitomuito].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
muitomuito
|mũĩ| |mũĩ|
( mui·to

mui·to

)


quantificador existencial e pronome indefinido

1. Indica uma grande quantidade indefinida (ex.: a comida tem muito sal; não quero mais canetas, já tenho muitas).POUCO


pronome indefinido

2. Indica longo período de tempo (ex.: há muito que estavam ali à espera).POUCO


advérbio

3. Com grande intensidade (ex.: choveu muito esta noite). = BASTANTE, DEVERASPOUCO

4. Usa-se para formar o grau superlativo absoluto analítico de adjectivos e advérbios (ex.: ela é muito alta; são imagens que muito raramente coincidem).

5. Repetidas vezes (ex.: o chefe viaja muito para Paris). = AMIÚDE, FREQUENTEMENTEPOUCO, RARAMENTE

6. Em excesso (ex.: ele dorme muito). = BASTANTEINSUFICIENTEMENTE, POUCO

7. Com força.


nome masculino

8. Quantidade grande de algo (ex.: não retiraria uma vírgula ao muito que tem sido escrito sobre o assunto).POUCO

9. Coisa de grande importância ou valor.POUCO

10. Grande quantia em dinheiro, valores ou bens (ex.: esta família sempre teve muito).POUCO


muito embora

Usa-se para introduzir uma frase subordinada e indica oposição a uma outra ideia exposta, mas que não é impeditiva (ex.: acho que ele vai continuar, muito embora esteja cansado). = AINDA QUE, APESAR DE, EMBORA, NÃO OBSTANTE

etimologiaOrigem etimológica:latim multus, -a, -um, numeroso, abundante, muito.


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber a vossa definição da palavra antropofágico e gostaria também que me dessem um exemplo de como a palavra escatológico pode ser usada com vários sentidos.
O adjectivo antropofágico designa o que é relativo a antropofagia ou a antropófago (cujas definições poderá encontrar no Dicionário da Língua Portuguesa On-line, seguindo as hiperligações) e pode, na maioria dos contextos, ser sinónimo de canibalesco.

O adjectivo escatológico diz respeito a escatologia, mas, atendendo a que esta palavra corresponde a dois homónimos (isto é, palavras que se escrevem e lêem de maneira igual, mas que têm significados e etimologias diferentes), pode ter significados diferentes consoante os contextos. Por exemplo, humor escatológico poderá dizer respeito ao humor feito com recurso a alusões aos excrementos e necessidades fisiológicas; por outro lado, filosofia escatológica poderá dizer respeito à filosofia que trata do que pode acontecer no fim do mundo ou no fim dos tempos.




A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).