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margens

A forma margensé [feminino plural de margemmargem].

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margemmargem
( mar·gem

mar·gem

)
Imagem

Faixa de terreno que fica de um dos lados de uma extensão de água.


nome feminino

1. Linha ou zona que limita um espaço. = BEIRA, BORDA, ORLA

2. Faixa de terreno que fica de um dos lados de uma extensão de água.Imagem = BEIRA, BORDA, ORLA

3. Cercadura.

4. Espaço em branco aos lados de uma página escrita ou impressa (ex.: margem direita; margem esquerda; margem inferior; margem superior).

5. [Agricultura] [Agricultura] Terra lavrada entre dois regos.

6. [Figurado] [Figurado] Ensejo; facilidade; vagar.


à margem

De lado, ao abandono (ex.: a cultura foi deixada à margem).

à margem de

Ao lado de, mas sem participação ou relação directa (ex.: o ministro comentou o caso à margem da inauguração do hospital).

De fora (ex.: sempre procederam à margem da lei).

dar margem

Dar lugar.

margem de manobra

Capacidade de acção para resolver ou sair de uma situação complicada (ex.: é fundamental preservar a nossa margem de manobra). = CAMPO DE MANOBRA, ESPAÇO DE MANOBRA

etimologiaOrigem etimológica:latim margo, -inis, borda, extremidade.

Auxiliares de tradução

Traduzir "margens" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Como devo falar ou escrever: "o Departamento a que pertence o funcionário" ou "o Departamento ao qual pertence o funcionário".
Nenhuma das expressões que refere está incorrecta, uma vez que, em orações subordinadas adjectivas relativas, o pronome relativo que pode, de uma maneira geral, ser substituído pelo seu equivalente o qual, que deverá flexionar em concordância com o género e número do antecedente (ex.: os departamentos aos quais pertence o funcionário). No caso em questão, o pronome relativo tem uma função de objecto indirecto do verbo pertencer, que selecciona complementos iniciados pela preposição a, daí que os pronomes que e o qual estejam antecedidos nestas expressões por essa preposição (a que e ao qual).

É de notar que a utilização da locução pronominal o qual e das suas flexões não deve ser feita quando se trata de uma oração relativa adjectiva restritiva que não é iniciada por preposição, isto é, quando a oração desempenha a função de um adjectivo que restringe o significado do antecedente (ex.: o departamento [que está em análise = analisado] vai ser reestruturado; *o departamento o qual está em análise vai ser reestruturado [o asterisco indica agramaticalidade]).




Na frase "Quem encontrou uns óculos no banheiro, favor entregar ao setor de Meio Ambiente", a dúvida é se posso colocar uns óculos, mesmo possuindo um único par de óculos perdidos.
A concordância uns óculos está correcta e *um óculos é um erro a evitar (o asterisco indica agramaticalidade).

O exemplo apontado (óculos) é um caso de pluralia tantum (‘apenas plural’), designação latina dada a palavras ou expressões que correspondem a um plural gramatical, mas que designam um objecto ou referente singular, normalmente formado por duas partes mais ou menos simétricas (outros exemplos serão binóculos ou calças). Com estas palavras tem de haver sempre concordância com a terceira pessoa do plural (ex.: os binóculos partidos estão em cima da mesa; as calças rasgadas foram cosidas), pois gramaticalmente são substantivos no plural, mesmo se designam uma realidade única; é também frequente nestes casos o uso do numeral colectivo par de, o que permite fazer concordâncias no singular (ex.: o par de binóculos partidos/partido está em cima da mesa; o par de calças rasgadas/rasgado foi cosido).

A hesitação na utilização da palavra óculos parece resultar de dois factores. O primeiro factor relaciona-se com a influência de um fenómeno relativamente comum no português do Brasil, que consiste na preferência do singular para designar um referente composto por duas peças (ex.: Comprei uma calça nova; Está usando sandália importada), sem que a interpretação implique apenas um elemento do par (repare-se no entanto que as formas *uma calças / *umas calça e *uma sandálias / *umas sandália são incorrectas, como indica o asterisco). O segundo factor, como refere Cláudio Moreno em O Prazer das Palavras (Porto Alegre, RBS Publicações, 2004, p. 122), relaciona-se com o facto de óculos não ser entendido como plural de óculo e ser confundido com um substantivo de dois números (isto é, que tem a mesma forma para o singular e para o plural) terminado em -s, como lápis (ex.: Comprei um lápis novo; Está usando lápis importados). Estes dois factores conjugam-se na construção de estruturas erradas como *meu óculos escuro.