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mal-

A forma mal-pode ser[advérbio], [conjunção], [elemento de composição] ou [nome masculino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
mal-mal-


elemento de composição

Entra na composição de várias palavras e significa mal, de maneira imperfeita (ex.: malsucedido).

etimologiaOrigem etimológica: latim male, mal.
iconeNota: É seguido de hífen quando o segundo elemento começa por vogal ou h (ex.: mal-educado, mal-humorado).
malmal


nome masculino

1. O que é mau, ilícito e não é recomendável (ex.: fazer o mal).BEM

2. Conjunto de malefícios ou de coisas que provocam consequências negativas (ex.: se tivesse consciência, reparava o mal que fez). = DANO, DESVANTAGEM, PREJUÍZOBEM, PROVEITO, VANTAGEM

3. Situação desagradável do corpo e do espírito; situação de desconforto ou de insatisfação (ex.: o stress faz um mal terrível).BEM

4. Sofrimento psicológico ou moral (ex.: males de amor). = AFLIÇÃO, ANGÚSTIA, INQUIETAÇÃO, PESAR, TORMENTO

5. Facto ou acontecimento negativo (ex.: estou a ler os males do mundo nos jornais). = DESGRAÇA, INFELICIDADE, INFORTÚNIO

6. Grande desgraça ou conjunto de desgraças (ex.: afirmou que o mal do século eram as drogas). = CALAMIDADE

7. Qualidade negativa ou prejudicial (ex.: o mal dele é ser tão intransigente; o mal da equipa foi ter desistido de lutar). = DEFEITO, IMPERFEIÇÃO, INCONVENIENTE, PROBLEMAPERFEIÇÃO, VIRTUDE

8. O que desabona; conjunto de qualidades negativas (ex.: dizer mal; eu já estava a pensar mal dele, mas estava enganado).BEM

9. Doença (ex.: diz que a mezinha lhe curou o mal do fígado; mal incurável). = ENFERMIDADE, MOLÉSTIA

10. Lesão.

11. Ofensa.


advérbio

12. De forma indevida, inconveniente ou desapropriada (ex.: acho que reagi mal; o assunto foi mal resolvido). = INCONVENIENTEMENTEBEM, DEVIDAMENTE

13. De forma imperfeita ou defeituosa (ex.: cantar mal; ser mal avaliado). = IMPERFEITAMENTEBEM

14. De maneira que desagrada ou não satisfaz (ex.: a reunião correu mal; ficou mal servido).BEM

15. Com rudeza ou de forma desagradável (ex.: foi despedido por tratar mal os clientes; falar mal).BEM

16. Com pouca saúde ou com a saúde em perigo (ex.: ele está mal e foi internado).BEM

17. De forma negativa ou desfavorável (ex.: o público recebeu mal o novo trabalho da artista; ficou mal impressionado com o grupo de trabalho). = DESFAVORAVELMENTE, NEGATIVAMENTE, SEVERAMENTEBEM, POSITIVAMENTE

18. Com pouca precisão ou certeza (ex.: conheço mal esse assunto).

19. De modo ligeiro ou em grau baixo (ex.: este ano mal choveu). = ESCASSAMENTE, LIGEIRAMENTE, POUCOBASTANTE, BEM, EXTREMAMENTE


conjunção

20. Usa-se para indicar uma sequência imediata de acções ou situações (ex.: mal ele abriu a boca, foi mandado calar). = ASSIM QUE, LOGO QUE


a mal

À força.

cortar o mal pela raiz

Ter uma acção preventiva para evitar consequências negativas ou mais negativas.

dividir o mal pelas aldeias

Partilhar por várias pessoas, grupos ou instituições um conjunto de resultados negativos, de tarefas difíceis ou de responsabilidades (ex.: tentamos dividir o mal pelas aldeias).

distribuir o mal pelas aldeias

O mesmo que dividir o mal pelas aldeias.

do mal, o menos

Expressão que indica que, apesar de se estar numa situação problemática, o facto de haver algo mais positivo ou favorável torna a situação mais suportável ou animadora.

fazer mal a

Danificar; prejudicar.

fazer o mal e a caramunha

Fazer alguma coisa que causa prejuízo e depois queixar-se.

mal dos pezinhos

[Medicina] [Medicina]  Doença crónica e progressiva, hereditária, que se caracteriza por falta de sensibilidade e paralisia dos membros inferiores e superiores, caquexia e alteração de funcionamento dos aparelhos digestivo, respiratório e circulatório, podendo também ocorrer perturbações oculares. [Manifesta-se habitualmente na idade adulta, entre os 25 e os 40 anos, embora possa surgir posteriormente.] = PARAMILOIDOSE

mal e porcamente

[Informal] [Informal] De maneira imperfeita, apressada e atabalhoada (ex.: o trabalho foi feito mal e porcamente).

mal elefantino

Elefantíase.

mal francês

Veneno.

mal por mal

O mesmo que do mal, o menos.

trocar de mal

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Zangar-se.

etimologiaOrigem etimológica: latim male.
vistoPlural: mais.
iconPlural: mais.
iconeConfrontar: mau.
mal-mal-

Auxiliares de tradução

Traduzir "mal-" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).





Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.