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duche

A forma duchepode ser [primeira pessoa e segunda pessoa plural e singular do presente infinitivo e do conjuntivo de ducharduchar], [primeira pessoa e terceira pessoa plural e singular do presente e do futuro do conjuntivo e do indicativo de ducharduchar], [terceira pessoa singular gerúndio e do imperativo de ducharduchar] ou [nome masculino].

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ducheduche
( du·che

du·che

)
Imagem

PortugalPortugal

Local onde se toma esse banho (ex.: o balneário tem seis duches).


nome masculino

1. [Portugal] [Portugal] Jorro de água que se arremessa sobre o corpo, com fins higiénicos ou terapêuticos (ex.: duche faríngeo filiforme).

2. [Portugal] [Portugal] Dispositivo munido de pequenos furos por onde sai água em jactos. = CHUVEIRO

3. [Portugal] [Portugal] Banho tomado com esse tipo de dispositivo (ex.: preciso de tomar um duche rápido antes de sair).

4. [Portugal] [Portugal] Local onde se toma esse banho (ex.: o balneário tem seis duches).Imagem = CHUVEIRO


duche de água fria

[Figurado] [Figurado] Aquilo que quebra o entusiasmo ou contraria as expectativas (ex.: o clube levou um duche de água fria com esta derrota).[Equivalente no português do Brasil: ducha de água fria.]

etimologiaOrigem etimológica:francês douche, do italiano doccia.
ducharduchar
( du·char

du·char

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

[Brasil] [Brasil] Aplicar duches em (ex.: duchar as pernas com água fria).

etimologiaOrigem etimológica:duche + -ar.
ducheduche

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Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Gostaria de saber qual o plural da palavra "salvo-conduto".
O plural do substantivo salvo-conduto deverá ser salvos-condutos, pois trata-se de um substantivo hifenizado composto por um adjectivo e por um substantivo, motivo pelo qual ambas as palavras flexionam em número. Esta é a flexão preconizada nos vocabulários de Rebelo Gonçalves e de José Pedro Machado; no entanto, obras lexicográficas como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea e o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa admitem dois plurais: salvo-condutos e salvos-condutos, sem aparente justificação senão o uso, pois a palavra salvo não poderá ser substantivo neste contexto, o que poderia justificar que só houvesse flexão num dos substantivos.