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caralhões

A forma caralhõesé [derivação masculino plural de caralhocaralho].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
caralhocaralho
( ca·ra·lho

ca·ra·lho

)


nome masculino

1. [Calão] [Tabuísmo] Órgão sexual masculino. = PÉNIS

2. [Calão] [Tabuísmo] Indivíduo cujo nome se desconhece ou se quer omitir. = FULANO, GAJO, SUJEITO, TIPO

3. [Calão] [Tabuísmo] Coisa reles, sem utilidade.


interjeição

4. [Calão] [Tabuísmo] Expressão designativa de admiração, surpresa, espanto, indignação ou contrariedade. = CATANO


como o caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] De maneira intensa ou em grande número. = MUITO

do caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] Em elevado grau, dimensão ou intensidade (ex.: que trapaceiro do caralho; eles moram numa mansão do caralho; era uma dor do caralho). = GRANDE

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] Admirável, espectacular ou sensacional (ex.: é um vinho do caralho). = DO CARAÇAS

o caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] Exclamação que indica desacordo ou refutação relativamente a afirmação anterior. = O CARAÇAS, O TANAS

para caralho

[Brasil, Calão] [Brasil, Tabuísmo] O mesmo que como o caralho.

pra caralho

[Brasil, Calão] [Brasil, Tabuísmo] O mesmo que como o caralho.

um caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] É usado, geralmente em frases negativas, com o significado de coisa nenhuma (ex.: nunca fizeram um caralho pela iniciativa; o filme não vale um caralho; têm tudo pago e nem assim jogam um caralho; não percebes um caralho disto). = NADA

etimologiaOrigem etimológica:origem controversa.

caralhõescaralhões


Dúvidas linguísticas



Se seis meses é um semestre, como se designam cinco meses?
Tal como é referido na resposta quinquimestral, o prefixo de origem latina quinqui- (que indica a noção de “cinco”) é bastante produtivo, sendo possível formar a palavra quinquimestre para designar um período de cinco meses. Esta palavra não se encontra registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas a sua formação respeita as regras morfológicas da língua portuguesa.



Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.