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caralho

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caralhocaralho
( ca·ra·lho

ca·ra·lho

)


nome masculino

1. [Calão] [Tabuísmo] Órgão sexual masculino. = PÉNIS

2. [Calão] [Tabuísmo] Indivíduo cujo nome se desconhece ou se quer omitir. = FULANO, GAJO, SUJEITO, TIPO

3. [Calão] [Tabuísmo] Coisa reles, sem utilidade.


interjeição

4. [Calão] [Tabuísmo] Expressão designativa de admiração, surpresa, espanto, indignação ou contrariedade. = CATANO


como o caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] De maneira intensa ou em grande número. = MUITO

do caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] Em elevado grau, dimensão ou intensidade (ex.: que trapaceiro do caralho; eles moram numa mansão do caralho; era uma dor do caralho). = GRANDE

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] Admirável, espectacular ou sensacional (ex.: é um vinho do caralho). = DO CARAÇAS

o caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] Exclamação que indica desacordo ou refutação relativamente a afirmação anterior. = O CARAÇAS, O TANAS

para caralho

[Brasil, Calão] [Brasil, Tabuísmo] O mesmo que como o caralho.

pra caralho

[Brasil, Calão] [Brasil, Tabuísmo] O mesmo que como o caralho.

um caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] É usado, geralmente em frases negativas, com o significado de coisa nenhuma (ex.: nunca fizeram um caralho pela iniciativa; o filme não vale um caralho; têm tudo pago e nem assim jogam um caralho; não percebes um caralho disto). = NADA

etimologiaOrigem etimológica:origem controversa.

caralhocaralho

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.