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atrasadas

A forma atrasadaspode ser [feminino plural de atrasadoatrasado] ou [feminino plural particípio passado de atrasaratrasar].

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atrasaratrasar
( a·tra·sar

a·tra·sar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Não dar expediente tão rápido como é devido. = DEMORARADIANTAR

2. Fazer retrogradar.

3. Alterar a hora de um relógio para antes do tempo que ele está a marcar. = RETARDARADIANTAR


verbo intransitivo

4. Ter (o relógio) movimento mais lento que o devido.ADIANTAR


verbo pronominal

5. Ficar para trás.

6. Chegar tarde.

7. Ter pagamentos em dívida.

etimologiaOrigem etimológica:atrás + -ar.

iconeConfrontar: atracar.
atrasadoatrasado
( a·tra·sa·do

a·tra·sa·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que se atrasou.ADIANTADO

2. Que está pouco adiantado ou desenvolvido.ADIANTADO

3. Atardado.

4. Precedente, anterior, último.

5. Que marca hora anterior à hora certa que deveria marcar.ADIANTADO

6. Que não acompanha o progresso. = REACCIONÁRIO, RETRÓGRADO


nome masculino

7. Dívida anterior que não foi paga na altura certa.

8. O que já se estudou.


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

9. Que ou quem tem um desenvolvimento mental inferior ao que é considerado normal. = RETARDADO

10. Diz-se de ou pessoa que tem comportamentos pouco adequados. = IDIOTA

etimologiaOrigem etimológica:particípio de atrasar.

atrasadasatrasadas

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Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.