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tom

afinado | adj.

Que está no devido tom (falando-se de instrumentos musicais ou da voz)....


amiúde | adv.

Com frequência; muitas vezes (ex.: o escritor assume, amiúde, um tom paternalista)....


assertivo | adj.

Que expressa algo de maneira segura, com frontalidade, sem hesitações (ex.: pessoa assertiva; tom assertivo)....


cômpar | adj. 2 g.

Tom que acompanha outro harmonicamente....


cru | adj.

Que está por cozer, por corar ou por curtir....


lamuriante | adj. 2 g.

Que faz lamúria; em tom de lamúria....


monótono | adj.

Que tem sempre o mesmo tom ou cujo tom não varia....


plangente | adj. 2 g.

Que tem o carácter ou o tom de lamentação....


perlado | adj.

Que tem a cor ou aparência da pérola (ex.: tom perlado)....


sintónico | adj.

Dizia-se, entre os gregos, de uma espécie de género diatónico que resulta da divisão do tetracorde num meio-tom e dois tons iguais....


Que é considerado de baixa qualidade (ex.: não gostei do tom popularucho do artigo)....


mezza voce | loc.

Tom de voz mais baixo que o normal; meia voz....


Que tem sempre o mesmo tom ou cujo tom não varia....


ocráceo | adj.

Que é da cor do ocre (ex.: tom ocráceo)....


melo- | elem. de comp.

Exprime a noção de melodia ou música (ex.: melómano)....


bataúda | n. f.

Espécie de batuque, acompanhado de cantigas em tom plangente....


enarmonia | n. f.

Passagem em que o mesmo tom é designado com duas notas diferentes (por exemplo, dó sustenido e ré bemol)....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Podem informar-me se o verbo queixar-se pode ser utilizado sem o pronome reflexivo e em que situação isso ocorre.
O verbo queixar-se é um verbo pronominal; no entanto, o pronome se não é um pronome reflexo, mas o que é designado por “se inerente”. Esta construção é diferente da construção reflexa lavar-se, em que o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da sua acção (eu lavo-me = eu sou lavado por mim), ou da construção reflexa recíproca beijar-se, em que um sujeito complexo ou colectivo é ao mesmo tempo agente e paciente da mesma acção (o casal beija-se = cada um dos elementos do casal beija e é beijado); em ambas estas construções, o pronome reflexo desempenha uma função de complemento directo. Na construção queixar-se, porém, não há uma acção do sujeito sobre si próprio (eu queixo-me = *eu sou queixado por mim; o asterisco indica agramaticalidade), e o pronome pessoal não tem valor reflexo, nem reflexo recíproco, nem impessoal, nem apassivante, mas parece fazer parte do verbo e das suas propriedades lexicais. No caso de queixar-se, nenhuma das acepções do verbo permite outra forma que não a pronominal (ex.: *ele queixou à irmã; *o doente queixava de dores de cabeça). Há ainda o caso de outros verbos que admitem quer uma construção não pronominal (ex.: esqueci o livro em casa) quer uma construção pronominal com um se inerente (ex.: esqueci-me do livro em casa).

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