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terços

epítrito | adj.

Diz-se de um pé de verso grego e latino composto de três longas e uma breve, que podem ser colocadas de quatro maneiras diferentes....


mistério | n. m.

Culto secreto (no politeísmo)....


rudentura | n. f.

Moldura em forma de corda retorcida ou de pau nodoso com que se enchem as caneluras das colunas até ao terço da sua altura....


sobrecana | n. f.

Tumor duro, sem dor, que se forma no terço da cana dos membros anteriores da besta....


| n. f.

Espaço que se estende da popa até ao terço médio do navio....


tonfa | n. m. ou f.

Arma, de origem oriental, composta por um bastão fino e comprido, com uma pega perpendicular a um terço do comprimento, utilizada em algumas artes marciais e também pelas forças de segurança....


tercil | n. m.

Cada uma das 3 partes iguais de um conjunto estatístico ordenado....


estefânio | n. m.

Ponto do crânio situado sobre a sutura coronal inferior, pelo seu terço, no lugar onde é cruzado pela linha temporal....


proa | n. f. | n. 2 g.

O rosto de um barco....


terçado | n. m. | adj.

Espada recta, curta e larga, sem copos....


tercina | n. f.

Grupo de três figuras que se cantam ou se tocam no mesmo tempo em que se deveriam cantar ou tocar duas figuras da mesma espécie....


tercilho | n. m.

Grupo de três figuras que se cantam ou se tocam no mesmo tempo em que se deveriam cantar ou tocar duas figuras da mesma espécie....


ventre | n. m.

Cavidade do corpo onde estão o estômago e os intestinos....


terceiro | adj. num. n. m. | n. m. | adv.

Que ou o que vem ou está imediatamente após o segundo....


tércio | adj. num. n. m.

Terceiro....


terça | adj. f. | n. f.

Terceira....


tércia | n. f.

Hora canónica que se segue à de prima....


chefe | n. 2 g. | n. m. | adj. 2 g. 2 núm.

Pessoa que dirige ou comanda alguma coisa....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se "frigidíssimo" é superlativo absoluto sintético de "frio".
Os adjectivos frio e frígido têm em comum o superlativo absoluto sintético frigidíssimo, pois provêm ambos do étimo latino frigidus.



A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).


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