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prescindia

Quitação formal, por escrito, através da qual o credor prescinde de uma dívida que não foi paga....


escusar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Desculpar....


prescindir | v. tr.

Desistir da posse de algo ou passar sem; pôr de parte (ex.: não prescindimos dos nossos direitos)....


preterir | v. tr.

Ir além de; deixar atrás (ex.: esta nova tecnologia pretere todas as anteriores)....


precisar | v. tr. | v. intr.

Ter precisão ou necessidade de....


obrigado | adj. | n. m. | adj. n. m. | interj.

Que se sente devedor por ter sido alvo de uma atenção, de uma gentileza ou de um favor....


imolar | v. tr. | v. tr. e pron. | v. pron.

Oferecer em sacrifício, matando....


imprescindível | adj. 2 g.

De que se não pode prescindir; que corresponde a uma necessidade (ex.: contributo imprescindível; será imprescindível fazer novos estudos para conclusões definitivas)....


prescindível | adj. 2 g.

De que se pode prescindir; que não corresponde a uma necessidade (ex.: obras prescindíveis)....


dispensar | v. tr. | v. pron.

Conceder dispensa ou isenção a (ex.: dispensou o aluno da prova)....


ensaio | n. m.

Acto de ensaiar....


Acto ou efeito de prescindir (ex.: houve uma prescindência voluntária da autoridade)....



Dúvidas linguísticas



Tenho ouvido muito a conjugação do verbo precisar acompanhado da preposição de. Exemplo: Eu preciso DE fazer o trabalho para segunda. Eu acho que está errado, mas não sei explicar gramaticalmente. Esta conjugação é possível?
O verbo precisar, quando significa ‘ter necessidade de alguma coisa’, é transitivo indirecto e rege um complemento oblíquo introduzido pela preposição de. Este complemento pode ser um grupo nominal (ex.: eu preciso de mais trabalho) ou um verbo no infinitivo (ex.: eu preciso de trabalhar mais).

Há ocorrências, sobretudo no português do Brasil, da ausência da preposição de (ex.: eu preciso mais trabalho, eu preciso trabalhar mais), embora este uso como transitivo directo seja desaconselhado por alguns gramáticos. A ausência da preposição é, no entanto, considerada aceitável quando o complemento do verbo é uma oração completiva introduzida pela preposição que (ex.: eu preciso [de] que haja mais trabalho), mas esta omissão deve ser evitada em registos formais ou cuidados, pois o seu uso não é consensual.




Como se escreve? Eu não consigo deitar-me cedo. Eu não consigo me deitar cedo. Não consigo perceber se o não está associado ao primeiro ou segundo verbo, pois nos verbos reflexos na negativa os pronomes vêm antes do verbo.
O verbo conseguir, à semelhança de outros verbos como desejar, querer ou tentar, tem algumas propriedades análogas às de um verbo auxiliar mais típico (como o verbo ir, por exemplo). Nestes casos, este verbo forma com o verbo principal uma locução verbal, podendo o clítico estar antes do verbo auxiliar (ex.: eu não me vou deitar cedo; eu não me consigo deitar cedo) ou depois do verbo principal (ex.: eu não vou deitar-me cedo; eu não consigo deitar-me cedo). Isto acontece porque o verbo considerado auxiliar ou semiauxiliar pode formar com o verbo que o sucede uma locução verbal coesa, como se fosse um só verbo (e, nesse caso, o clítico é atraído pela partícula de negação não e desloca-se para antes da locução verbal) ou, por outro lado, o verbo conseguir pode manter algumas características de verbo pleno (e, nesse caso, o clítico me pode manter-se ligado ao verbo principal deitar, de que depende semanticamente). Nenhuma das duas construções pode ser considerada incorrecta, apesar de a segunda ser frequentemente considerada preferencial.

Nesta frase, o marcador de negação (o advérbio não) está claramente a negar o verbo conseguir e é semanticamente equivalente a "eu deito-me tarde, porque não sou capaz de me deitar cedo". Se estivesse a negar o verbo deitar-se (eu consigo não me deitar cedo), teria um valor semântico diferente, equivalente a "eu sou capaz de me deitar tarde", devendo nesse caso o clítico estar colocado antes do verbo deitar.


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