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orça

daí | contr.

Usa-se para indicar uma consequência ou conclusão decorrente do que foi dito anteriormente (ex.: o orçamento não foi aprovado, daí que tenha sido convocada nova reunião)....


Que permite a participação ou intervenção directa dos cidadãos (ex.: democracia participativa; orçamento participativo)....


défice | n. m.

Saldo negativo no orçamento do Estado....


forfait | n. m.

Segundo um orçamento ou por preço ajustado previamente....


quixiquila | n. f.

Forma de associativismo comunitário em que os membros do grupo, geralmente constituído por amigos, colegas de trabalho ou familiares, contribuem periodicamente com um valor monetário para que cada um receba, de forma rotativa, o conjunto das contribuições (ex.: a quixiquila é uma forma de complementar o orçamento familiar)....


Libertação de verbas orçamentadas para despesas que tinham sido retidas, o que implica um aumento do orçamento disponível para determinados serviços ou organismos (ex.: a descativação foi autorizada pelo ministro)....


orça | n. f.

Acto de orçar ou calcular....


orçamento | n. m.

Quantia de que se dispõe (ex.: as obras ficaram abaixo do orçamento da família)....


budget | n. m.

O mesmo que orçamento....


trinca | n. f.

Pôr o navio à capa com as velas levantadas e a proa ao vento; orçar, meter de ló....


Acto ou efeito de ajardinar (ex.: o orçamento já prevê o ajardinamento dos espaços exteriores)....


Acto ou efeito de reequipar (ex.: o orçamento contempla o reequipamento do quartel de bombeiros)....


orçada | n. f.

Acto ou efeito de orçar....


estacionário | adj. | n. m.

Conjunto de produtos ou de modelos que contêm a identidade gráfica de uma instituição ou marca (ex.: o orçamento para o estacionário da firma inclui papel de carta, envelopes e cartões-de-visita)....


cativação | n. f.

Retenção de parte das verbas orçamentadas para despesas, com consequente redução do orçamento disponível para determinados serviços ou organismos (ex.: as cativações são um instrumento de controlo orçamental)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Colibri diz-se: Culibri? ou Colibri (com o som do -o- aberto)? Li que a sílaba acentuada é a última? Sendo aguda, que som tem a sílaba Co-? E porquê, ou seja qual é a regra para a pronunciação desta palavra?
Na questão colocada, está em causa a qualidade da vogal de uma sílaba átona, e não a sua acentuação (a palavra é sempre acentuada na última sílaba: colibri).

A letra o pode corresponder ao som [o], como em avô ou dor, ao som [ɔ], como em avó ou corda, ou ao som [u], como em comida ou carro.

No português europeu, como regra geral (com muitas excepções), as vogais que não pertencem a uma sílaba tónica são elevadas. Por exemplo, no caso da vogal o das palavras corda e cordão, o som [ɔ] (vogal mais baixa) da palavra corda (com acento tónico em cor) passa a pronunciar-se [u] (vogal mais alta) em cordão pois a sílaba tónica passou a ser a última cordão. Esta regra geral pode aplicar-se a colibri (como a sílaba tónica é bri, a sílaba co- pode pronunciar-se [ku]), mas no caso desta palavra, há informação lexical, isto é, relativa à própria palavra e não às regras mais gerais da língua, que faz com que, por motivos etimológicos ou outros, a maioria dos falantes pronuncie [kɔ]libri. Esta é então também a pronúncia registada no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia da Ciências/Verbo e, posteriormente, no Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora.


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