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muralha

Relativo a D. Dinis (1261-1325), monarca português, ou ao seu tempo (ex.: muralha dionisíaca; poesia dionisíaca)....


fernandino | adj.

Que é relativo a D. Fernando I (1345-1383), rei de Portugal, ou ao seu reinado (ex.: muralha fernandina)....


aríete | n. m.

Máquina de guerra para arrombar portas e se desconjuntar muralhas....


banqueta | n. f.

Degrau interior na muralha desde o qual se eleva o parapeito....


bastião | n. m.

Espécie de fortim construído onde as muralhas formam ângulo....


camaranchão | n. m.

Obra avançada numa fortaleza, muralha ou edifício, que se usa como lugar de vigia....


caminho | n. m.

Espaço estreito que serve de passagem ao longo do alto das muralhas de uma fortificação para serviço das ameias....


escarpa | n. f.

Talude ou declive de um fosso, do lado da muralha....


exostro | n. m.

Ponte que se estabelecia entre os engenhos de bater muralhas e as ameias destas, para os assaltantes entrarem no recinto fortificado....


falsa-braga | n. f.

Espécie de muro entre a muralha e o fosso....


matacão | n. m.

Estrutura saliente em torre ou muralha, com abertura na parte inferior para observar o inimigo ou para deixar cair projécteis....


barbacã | n. f.

Muro anterior (e mais baixo que as muralhas) para defesa do fosso....


adarve | n. m.

Espaço estreito que serve de passagem ao longo do alto das muralhas de uma fortificação para ronda ou serviço das ameias....


Cavidade na muralha em que assenta e donde se dispara a espingarda....


jorramento | n. m.

Saliência inclinada de parede ou muralha, formando bojo....


muralha | n. f.

Muro alto, espesso e extenso, para defesa de fortalezas, povoações ou territórios mais vastos....


térebra | n. f.

Antiga máquina de guerra com que se furavam muralhas....


alambor | n. m.

Reforço que torna mais espessa e mais inclinada a parte inferior de uma muralha ou torre, construído para aumentar a estabilidade e dificultar o acesso à fortificação....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Tenho, há algum tempo, uma "discussão" com uma amiga relativamente à palavra "espilro". Eu digo que esta palavra existe há muito, muito tempo, ao passo que a minha amiga diz que só passou a existir segundo o novo acordo ortográfico. Podem ajudar a esclarecer-nos?
Não encontrámos uma datação para a palavra espilro, mas esta palavra (e o verbo de que deriva regressivamente, espilrar), provém de uma epêntese em espirro (espirro > espilro) e não terá com certeza surgido como consequência do novo Acordo Ortográfico. Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966) regista espilrar e espilro, afirmando que se trata de um registo popular. Idêntica informação é fornecida pelo Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.

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