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lixemos

lixoso | adj.

Que tem muito lixo (ex.: ribeira lixosa)....


gandaia | n. f.

Acto de remexer o lixo à procura do que nele se pode aproveitar....


monstro | n. m. | adj.

Produção animal ou vegetal contrária à ordem regular da natureza....


xara | n. f.

Seta de pau tostado ao fogo....


lixamento | n. m.

Acto ou efeito de lixar....


lixação | n. f.

Acto ou efeito de lixar....


busilhão | n. m.

Monte de lixo ou de roupa suja....


apanhadeira | n. f.

Mulher que anda na apanha, na colheita de produtos agrícolas....


aparelhagem | n. f.

Conjunto de aparelhos e de acessórios....


chorume | n. m.

Gordura da carne de um animal....


ciscalho | n. m.

Carvão miúdo feito com os rebotalhos dos matos....


cisco | n. m.

Pó de carvão....


despejo | n. m.

Acto ou efeito de despejar....


limpeza | n. f.

Acto ou efeito de limpar....


resguardo | n. m.

Acto ou efeito de resguardar ou de resguardar-se....


lixeira | n. f.

Nome comum a diversas plantas e árvores de folhas ou cascas ásperas....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Existe na língua portuguesa "dativo de interesse" tal como existe em castelhano?
Em português, o pronome de interesse é de uso bastante frequente, sobretudo num nível de linguagem mais coloquial. Em frases como come-me a sopa ou tu não me sejas bisbilhoteiro, o dativo de interesse, ou dativo ético, tem função meramente expressiva ou enfática. Este tipo de construção indica que a pessoa que fala está claramente interessada na exortação que faz ou na realização do seu desejo ou da sua vontade.

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