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levedai

finto | adj.

Que fermentou; em que houve fermentação (ex.: bolo finto)....


fermentado | adj.

Que fermentou; em que houve fermentação....


levedado | adj.

Que levedou; em que houve fermentação....


chamuscada | n. f.

Bolo de massa mal levedada que se cresta à porta do forno enquanto este arde....


escrinho | n. m.

Cesto em que se guarda o pão cozido ou em que se leveda o pão....


estanca | n. f.

Divisão na masseira para pôr a massa a levedar....


levedo | n. m.

Espécie de cogumelo unicelular, agente de fermentação alcoólica....


maçaroco | n. m.

Anel ou canudo de cabelo frisado a ferro....


secrinho | n. m.

Cesto em que se põe a massa a levedar....


levedante | adj. 2 g. n. m.

Diz-se de ou agente orgânico ou inorgânico capaz de originar um processo bioquímico de transformação de uma substância (ex.: agente levedante, levedante químico)....


massaroco | n. m.

Porção de fermento para levedar uma amassadura....


fermentar | v. tr. | v. intr.

Causar fermentação em....


fingir | v. tr. | v. intr.

Inventar; fantasiar; simular; arremedar....


fintar | v. tr. | v. intr.

Provocar a fermentação de....


levedar | v. tr., intr. e pron. | v. intr. e pron.

Tornar ou ficar lêvedo ou fermentado....


desamassar | v. tr. e intr.

Desfazer a amassadura de uma massa para que tarde em levedar (ex.: desamassar o pão; a massa fica a levedar e depois é preciso desamassar)....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Existe na língua portuguesa "dativo de interesse" tal como existe em castelhano?
Em português, o pronome de interesse é de uso bastante frequente, sobretudo num nível de linguagem mais coloquial. Em frases como come-me a sopa ou tu não me sejas bisbilhoteiro, o dativo de interesse, ou dativo ético, tem função meramente expressiva ou enfática. Este tipo de construção indica que a pessoa que fala está claramente interessada na exortação que faz ou na realização do seu desejo ou da sua vontade.

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