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injustiça

nemésico | adj.

Que é instrumento de vingança....


Axioma jurídico que indica que da aplicação excessivamente rigorosa da lei facilmente podem resultar injustiças....


Reclamação ou queixa (apresentada a quem praticou a injustiça ou ofensa)....


vítima | n. f.

Pessoa que morre ou que sofre pela tirania ou injustiça de alguém....


bigorna | n. f.

Estar sujeito aos caprichos e injustiças de outrem....


nefas | n. m.

Iniquidade ou injustiça que, por excessiva, nem se deve nomear....


nemésia | n. f.

Género de mígalas da região mediterrânea....


agravado | adj. | n. m.

Aquele que sofreu agravo ou injustiça por despacho ou sentença do juiz....


agravo | n. m.

Injustiça....


némesis | n. f. 2 núm.

Deusa da vingança. (Com inicial maiúscula.)...


némese | n. f.

Deusa da vingança. (Com inicial maiúscula.)...


injustiçado | adj. n. m.

Que ou quem foi alvo de injustiça ou em relação ao qual não se fez justiça....


dickensiano | adj. | adj. n. m.

Que revela pobreza extrema e injustiça social; que tem condições de vida ou de trabalho muito pouco dignas....


injusto | adj. n. m.

Que faz injustiças....


enorme | adj. 2 g.

Muito grave (ex.: enorme injustiça)....



Dúvidas linguísticas



Sociodemográfico ou socio-demográfico?
O elemento de composição socio- não se separa com hífen das palavras às quais se apõe, excepto quando estas começam por h (ex.: socio-histórico) ou o, daí que a forma correcta seja sociodemográfico.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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