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cosêreis

sútil | adj. 2 g.

Cosido ou costurado....


cosido | adj.

Que foi costurado....


descosido | adj.

Cuja costura foi desmanchada....


basta | n. f.

Cada um dos pontos (guita e rodela de pano ou fios de lã) que atravessam o colchão ou a almofada para reterem o enchimento....


empreita | n. f.

Tira de esparto (que se cose com outras para formar esteiras e outros artefactos)....


repuxo | n. m.

Acção ou efeito de repuxar....


sacola | n. f.

Espécie de alforge ou saco de dois fundos que os frades mendicantes traziam aos ombros....


sobrecostura | n. f.

Costura sobre duas peças cosidas uma à outra....


trapologia | n. f.

Técnica para fazer peças a partir de pedaços de tecido de cores ou padrões diferentes, cosendo-os uns nos outros....


anagrama | n. m.

Palavra ou frase feita com as letras de outra (ex.: as palavras asco, caos, cosa, saco, soca são anagramas de caso)....


atassim | n. m.

Fio que cose as malhas da rede à tralha....


sutura | n. f.

Articulação dentada dos ossos do crânio e de alguns da face....


mocassim | n. m.

Sapato feito de pele cosida, característico dos índios norte-americanos....


chuleado | adj. | n. m.

Cuja orla foi ligeiramente cosida para não se desfiar; que se chuleou....


pesponteado | adj. | n. m.

Cosido com pesponto; que se pesponteou....


pespontado | adj. | n. m.

Cosido com pesponto; que se pespontou....



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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