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camarotes

camarote | n. m.

Espécie de cubículo disposto, com outros iguais, em fileira ao redor de uma sala de espectáculos....


camaroteiro | n. m.

Empregado que nos navios tem a seu cargo vários camarotes....


galinheiro | n. m.

Galeria ou conjunto de lugares de última órdem nos teatros, geralmente por cima dos camarotes....


antecâmara | n. f.

Espaço anterior à câmara, e onde ficam os camarotes dos oficiais....


poleiro | n. m.

Vara onde as aves pousam em gaiola ou capoeira....


vigia | n. f. | n. 2 g.

Abertura por onde entra a luz nos camarotes dos navios....


Segregação social através da separação física entre as camadas sociais, sobretudo através de espaços privados em recintos desportivos ou de espectáculos, frequentados a preços proibitivos....


bicão | n. m.

Bico grande (ex.: o bicão do tucano)....


cabine | n. f.

Pequeno compartimento nos navios mercantes....


cabina | n. f.

Pequeno compartimento nos navios mercantes....


varanda | n. f.

Última ordem dos teatros, por cima dos camarotes (neste sentido, empregado geralmente no plural)....


cadeira | n. f. | n. f. pl.

Assento dotado de encosto, geralmente com quatro pernas, com ou sem braços, para uma só pessoa....


frisura | n. f.

Camarote situado quase ao nível da plateia ou do palco....


frisa | n. f.

Parte superior do entablamento entre a cornija e a arquitrave....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Como se diz: existe diferenças significativas ou existem diferenças significativas entre duas populações?
O verbo existir é intransitivo e deve concordar com o sujeito, que, na frase em apreço, corresponde a um plural (diferenças significativas). Por este motivo, a frase correcta será existem diferenças significativas.

Esta hesitação em efectuar a concordância do verbo existir com o seu sujeito deriva provavelmente do facto de este verbo ser sinónimo, em algumas acepções, do verbo haver, que, neste sentido, é impessoal, isto é, não tem sujeito e deve sempre ser conjugado na terceira pessoa do singular (ex.: há diferenças significativas).


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