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cabedal

remonte | n. m.

Porção de cabedal com que se faz esse conserto....


fijola | n. f.

Tira de cabedal ponteada, formando bolso em volta de duas peças de couro....


costura | n. f.

União de duas peças de tecido ou cabedal postas lado a lado....


polimento | n. m.

Cabedal lustroso de que se faz calçado....


pingalim | n. m.

Espécie de bengala flexível, de couro, junco, etc., cuja ponta termina, em geral, por um apêndice curto, ou aselha, de cabedal....


almofrez | n. m.

Vazador para abrir buracos redondos em cabedal....


quantioso | adj.

Relativo a grande quantia....


garra | n. f.

Cabedal ruim....


alma | n. f. | n. f. pl.

Pedaço de cabedal entre a sola e a palmilha de um sapato....


blusão | n. m.

Casaco curto, geralmente até à cintura, de material espesso e com fecho ou botões, usado sobre outras peças de roupa (ex.: blusão de cabedal; blusão impermeável)....


couro | n. m.

Cabedal para calçado....


chapeleta | n. f.

Pedaço de cabedal que tapa a fuga do fole....


cotoveleira | n. f.

Remendo, geralmente oval, de tecido ou cabedal, que reforça a manga na zona do cotovelo....


verniz | n. m.

Cabedal de polimento....


cabedal | n. m. | adj. 2 g.

Nome genérico das peles curtidas, empregadas por exemplo no calçado e arreios....


material | adj. 2 g. | n. m.

Cabedal....


contraforte | n. m.

Forro do cabedal para reforçar a parte do calçado que cobre o calcanhar....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.


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