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benefício

beneficial | adj. 2 g.

Do benefício (eclesiástico) ou a ele relativo....


beneficiável | adj. 2 g.

Que pode ou merece receber benefício ou beneficiação....


benevolente | adj. 2 g.

Que traz benefícios ou coisas agradáveis....


benévolo | adj.

Que traz benefícios ou coisas agradáveis....


colativo | adj.

Susceptível de ser conferido (benefício eclesiástico)....


lucrativo | adj.

Que traz benefícios, vantagens....


Diz-se do cónego que renuncia o benefício, reservando para si uma pensão anual....


Relativo a clientelismo, a clientelista ou à troca de favores, benefícios ou serviços políticos ou relacionados com a vida política....


De modo insofismável (ex.: demonstrou insofismavelmente os benefícios da proposta)....


Em que há reciprocidade ou retribuição entre duas ou mais pessoas ou entidades, geralmente em relação a benefícios ou vantagens recebidos ou a receber (ex.: cumplicidade correspectiva, testamento correspectivo)....


bando | n. m.

Grupo de pessoas que vai pelas ruas implorando a caridade pública em benefício próprio ou alheio....


delação | n. f.

Acordo entre o Ministério Público e um acusado que se traduz em benefícios legais (substituição ou redução da pena, por exemplo) para este último se ele colaborar com a investigação e denunciar terceiros....


impetra | n. f.

Consecução de um benefício eclesiástico concedido pelo papa....


padroado | n. m.

Direito de conferir benefícios eclesiásticos....


proveito | n. m.

Benefício, utilidade....


quarentena | n. f.

Período durante o qual alguém que exerceu determinado cargo estratégico não pode exercer funções remuneradas em empresas ou organizações onde possa utilizar informação privilegiada para seu benefício ou para benefício da entidade para quem trabalha....


reservação | n. f.

Condição inserida na doação (que a limita ou que restringe o seu benefício a certos usos)....


simbiose | n. f.

Associação recíproca de dois ou mais organismos diferentes que lhes permite viver com benefício....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se escrever ou dizer o termo deve de ser é correcto? Eu penso que não é correcto, uma vez que neste caso deverá dizer-se ou escrever deverá ser... Vejo muitas pessoas a usarem este tipo de linguagem no seu dia-a-dia e penso que isto seja uma espécie de calão, mas já com grande influência no vocabulário dos portugueses em geral.
Na questão que nos coloca, o verbo dever comporta-se como um verbo modal, pois serve para exprimir necessidade ou obrigação, e como verbo semiauxiliar, pois corresponde apenas a alguns dos critérios de auxiliaridade geralmente atribuídos a verbos auxiliares puros como o ser ou o estar (sobre estes critérios, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus, Ana Maria Brito, Inês Duarte e Isabel Hub Faria, pp. 303-305). Neste contexto, o verbo dever pode ser utilizado com ou sem preposição antes do verbo principal (ex.: ele deve ser rico = ele deve de ser rico). Há ainda autores (como Francisco Fernandes, no Dicionário de Verbos e Regimes, p. 240, ou Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa, p. 232) que consideram existir uma ligeira diferença semântica entre as construções com e sem a preposição, exprimindo as primeiras uma maior precisão (ex.: deve haver muita gente na praia) e as segundas apenas uma probabilidade (ex.: deve de haver muita gente na praia). O uso actual não leva em conta esta distinção, dando preferência à estrutura que prescinde da preposição (dever + infinitivo).



A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).


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