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atém

atido | adj.

Que se atém....


multiface | adj. 2 g.

Cuja actividade não se atém a um só assunto (ex.: escritor multiface)....


atrabile | n. f.

O mesmo que atrabílis....


atrabílis | n. f. 2 núm.

Bílis negra, à qual se imputava a melancolia, o mau humor, a hipocondria....


leguleio | n. m.

Pessoa que atende servilmente à letra....


textualista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou pessoa que só atende à letra do texto, desprezando os intuitos do autor respectivo ou quaisquer glosas ou comentários....


redondo | adj. | n. m. | adj. n. m. | adv.

Cuja forma é tal que todas as linhas tiradas do centro ou eixo central para a circunferência são iguais (ex.: corpo redondo, figura redonda)....


atendente | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Que atende....


tutelando | adj. n. m.

Que ou quem vai ser ou está em processo de ser sujeito a tutela ou confiado a um tutor (ex.: o tutelando vai ser ouvido sobre a designação do tutor; esta é solução que atende mais ao interesse da criança tutelanda)....


atença | n. f.

Acção de ater-se....


sínese | n. f.

Construção sintáctica em que se atende mais ao sentido que ao rigor da forma....


ater | v. pron.

Estar confiado em....


cingir | v. tr. | v. pron.

Apertar (uma coisa) em roda; ligar, atar....


encerrar | v. tr. | v. pron.

Fechar em lugar seguro....


Cuja actividade não se atém a um só assunto (ex.: artista multifacetado)....


Que se encontra na essência ou na natureza de algo ou alguém (ex.: motivação intrínseca)....


De maneira atenciosa (ex.: atende os clientes atenciosamente)....


questuário | adj. n. m.

Que ou aquele que só atende ao seu interesse ou ao lucro (ex.: lenocínio questuário; acto de questuário)....



Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Vi a definição de ideal e constava "conjunto imaginário de perfeições que não podem ter realização completa". Queria confirmar com vocês, no caso, se o verbo "poder" não deveria conjugar com "conjunto"? Desta forma, seria "o conjunto não pode" ao invés de "o conjunto não podem". Ou existe a possibilidade de se concordar com "perfeições"? Me soa como o mesmo caso de conjugar "a maioria", em que também o verbo vai para o singular.
A definição referida ("conjunto imaginário de perfeições que não podem ter realização completa") não é uma frase completa. O pronome relativo "que", refere-se a "perfeições" e não ao "conjunto", isto é, são as "perfeições que não podem ter realização completa" e não o "conjunto". Seria, no entanto, possível e correcta outra formulação, se o foco estivesse no "conjunto [...] que não pode ter realização completa", mas cremos que, neste caso, a definição teve intenção de se focar nas "perfeições que não podem ter realização".
Note-se que as definições de dicionário geralmente não têm frases completas, nem verbo principal. Como se trata da definição de um nome ou substantivo, a definição é um grupo nominal, Se integrarmos este grupo nominal numa frase completa, o verbo principal concordará preferencialmente com o núcleo do sintagma nominal (ex.: [o conjunto imaginário de [perfeições que não podem ter realização completa]] pode ser chamado de ideal). Nesse caso, seria um caso de concordâncias em frases com dois núcleos nominais, ligados normalmente por preposição, assunto sobre o qual poderá consultar a resposta à dúvida concordâncias com grupos nominais de estrutura complexa.


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