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arrepiavas

horripilante | adj. 2 g.

Que causa arrepio ou horripilação; que horripila (ex.: frio horripilante)....


arrepia | n. f.

Certa música lasciva que se toca em viola ou guitarra....


arrepio | n. m.

Acto de arrepiar-se....


caminho | n. m.

Nome genérico de todas as faixas de terreno que conduzem de um a outro lugar....


pele | n. f.

Membrana que forma a superfície externa do corpo dos animais....


arrepiado | adj. | n. m.

Que se arrepiou....


frisson | n. m.

Arrepio, calafrio....


gastura | n. f.

Sensação de dor ou ardor no estômago....


ginge | n. m.

Calafrio, arrepio produzido por comoção; frenesi....


horror | n. m. | n. m. pl.

Sensação de medo que faz arrepiar o cabelo e a pele....


calafrio | n. m.

Sensação de frio interno com arrepio....


crimófilo | adj. n. m.

Que ou quem se dá bem em climas frios; que ou quem gosta ou tolera muito bem o frio....


guriba | adj. 2 g. n. f.

Diz-se de ou ave que tem as penas arrepiadas....


alvoriçar | v. intr. | v. pron.

Fugir com susto....


arranhar | v. tr. | v. intr.

Ferir levemente (particularmente com as unhas)....


arrepiar | v. tr. e pron. | v. tr., intr. e pron. | v. tr. | v. intr.

Levantar ou levantarem-se os cabelos ou o pêlo....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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