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alavancamento

alavancagem | n. f.

Acto ou efeito de alavancar (ex.: alavancagem financeira)....


valente | adj. 2 g. | n. m.

Que tem valentia....


arranca-pregos | n. m. 2 núm.

Instrumento com uma alavanca com a extremidade fendida a meio, usado para retirar pregos....


saprema | n. f.

Pedra, calço ou cunha que se coloca debaixo da alavanca como ponto de apoio....


alavanca | n. f.

Barra rígida que se pode mover em volta de um ponto fixo (ponto de apoio ou fulcro), para remover, levantar grandes pesos....


alavanco | n. m.

O mesmo que lavanco....


panca | n. f.

Alavanca feita de madeira....


panco | n. m.

Alavanca feita de madeira....


zoncho | n. m.

Alavanca que faz mover o êmbolo de uma bomba de mão....


manche | n. f.

Alavanca cujos movimentos controlam a subida, a descida ou o equilíbrio lateral de uma aeronave....


fulcro | n. m.

Espigão que serve de eixo a um objecto....


freio | n. m.

Peça de metal que se mete na boca das cavalgaduras para as guiar....


pinçote | n. m.

Alavanca que faz girar a cana do leme....


travão | n. m.

Peia, trava ou cadeia para travar bestas....


manete | n. f. (PT) / n. m. (BR)

Alavanca de um mecanismo ou máquina, manobrada com a mão (ex.: manete das velocidades; manete do travão)....


palanca | n. f.

Estacaria, geralmente coberta de terra, para fortificação....


alçaprema | n. f.

Barra de ferro para ajudar a levantar pesos....


movimento | n. m.

Acto ou efeito de mover ou de mover-se....


alavancar | v. tr.

Puxar com a ajuda de alavanca....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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