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aguentou

lastro | n. m.

Areia, barras de metal ou outro peso que se mete no fundo do porão do navio que não leva bastante ou nenhuma carga....


perno | n. m.

Pequeno eixo ou cavilha cilíndrica de vários maquinismos....


rasca | n. f. | adj. 2 g.

Rede de arrastar....


enxárcia | n. f.

Conjunto de todos os cabos de um navio que seguram os mastros e mastaréus....


goivado | n. m. | adj.

Cavidade em forma de meia-cana, para aguentar a alça, numa peça de poleame....


retenida | n. f.

Cabo náutico para aguentar temporariamente uma peça....


contra-estai | n. m.

Cabo que serve para aguentar a mastreação do navio no sentido do mastro para a popa....


espatilha | n. f.

Cabo em que se aguentava a parte superior da âncora....


sapatilho | n. m.

Primeira folha seca que se tira da cana-de-açúcar quando se limpa....


pobre | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g. | n. 2 g.

Que aparenta ou revela pobreza (ex.: ambiente pobre)....


aguentador | adj. n. m.

Que, aquele ou aquilo que aguenta....


bafo | n. m.

Ar expirado na respiração (ex.: sentir um bafo na pele)....


estai | n. m.

Cada um dos cabos que servem para aguentar a mastreação do navio no sentido da vante....


cavalo | n. m.

Quadrúpede equídeo....


fadigoso | adj.

Que causa fadiga; trabalhoso; penoso; que aguenta a fadiga....


bronca | n. f.

Crítica ou advertência dirigida a alguém pela incorrecção de uma acção, afirmação ou omissão....


bomboca | n. f.

Doce, geralmente de forma cilíndrica, com base de bolacha, recheio esponjoso e fina cobertura estaladiça de chocolate....


ai | interj. | n. m. | n. m. pl.

Grito, geralmente de dor ou de aflição (ex.: aguentou as dores sem soltar um ai; o enfermeiro não distinguia os ais dos feridos)....


aguentar | v. tr. e intr.

Suportar o peso de....



Dúvidas linguísticas



Tenho sempre uma dúvida: utiliza-se crase antes de pronomes demonstrativos como esse, essa, esta, este?
A crase é a contracção de duas vogais iguais, sendo à (contracção da preposição a com o artigo definido a) a crase mais frequente. Para que se justifique esta crase é necessário que haja um contexto em que estejam presentes a preposição a e o artigo a (ex.: A [artigo] menina estava em casa; Entregou uma carta a [preposição] uma menina; Entregou uma carta à [preposição + artigo] menina). Ora, os pronomes demonstrativos não coocorrem com preposições (ex.: Esta menina estava em casa; *A [artigo] esta menina estava em casa; Entregou a carta a [preposição] esta menina; *Entregou a carta à [preposição + artigo] esta menina; o asterisco indica agramaticalidade), pelo que não poderá haver crase antes de artigos demonstrativos, mas apenas a ocorrência da preposição, quando o contexto o justifique.

Além do que foi dito acima, é de referir que pode haver crase com um artigo demonstrativo começado por a- (ex.: Não prestou atenção àquilo [preposição a + pronome demonstrativo aquilo]), mas trata-se da contracção da preposição a com a primeira vogal do pronome demonstrativo (ex.: àquele, àqueloutro, àquilo).




Devo dizer em Porto Moniz ou no Porto Moniz (Porto Moniz é um município)?
Como poderá verificar na resposta topónimos com e sem artigos, esta questão não pode ter uma resposta peremptória, pois as poucas e vagas regras enunciadas por alguns prontuários têm muitos contra-exemplos.

No caso de Porto Moniz, este topónimo madeirense enquadra-se na regra que defende que não se usa geralmente o artigo com os nomes das cidades, localidades e ilhas, regra que tem, contudo, muitas excepções. Nesse caso, seria mais indicado em Porto Moniz.

Por outro lado, não pode ser ignorado o facto de os falantes madeirenses geralmente colocarem artigo neste caso (no Porto Moniz, mas também no Porto da Cruz ou no Porto Santo, outros dois casos em que o mesmo problema se coloca). Do ponto de vista lógico, e uma vez que a regras das gramáticas são vagas, este pode ser o melhor critério para decidir utilizar o artigo com este topónimo.

Pelos motivos acima apontados, pode afirmar-se que nenhuma das duas opções está incorrecta, uma (em Porto Moniz) seguindo as indicações vagas e pouco fundamentadas de algumas gramáticas, outra (no Porto Moniz) podendo ser justificada pelo facto de os habitantes da própria localidade utilizarem o artigo antes do topónimo e também pelo facto de a palavra Porto ter origem num nome comum a que se junta uma outra denominação (no caso, o antropónimo Moniz que, segundo José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, corresponde a “um dos mais antigos povoadores da ilha”).


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