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Tampos

destampado | adj.

A que se tirou o tampo ou os tampos....


chantel | n. m.

Última peça que o tanoeiro põe no fundo ou em cada tampo da vasilha....


escrivaninha | n. f.

Móvel, geralmente dotado de escaninhos, com um tampo fixo ou reclinável, sobre o qual se escreve....


vitrina | n. f.

Vidraça ou mostrador com tampo ou porta de vidro onde estão expostos objectos à venda....


bufê | n. m.

Móvel comprido, geralmente de sala de jantar, dotado de arrumação na parte de baixo (para louça, copos, toalhas) e de um tampo que serve de apoio (para pratos ou travessas com comida) durante as refeições....


vitrine | n. f.

Vidraça ou mostrador com tampo ou porta de vidro onde estão expostos objectos à venda....


gebre | n. m.

Encaixe nas extremidades das aduelas dos tonéis, para se embutirem os tampos....


javre | n. m.

Encaixe nas extremidades das aduelas dos tonéis, para se embutirem os tampos....


suspiro | n. m.

Respiração anelante causada por dor ou paixão que move o ânimo....


tampografia | n. m.

Processo ou técnica de impressão em superfícies irregulares....


bufete | n. m.

Móvel comprido, geralmente de sala de jantar, dotado de arrumação na parte inferior (para louça, copos, toalhas) e de um tampo que serve de apoio (para pratos ou travessas com comida) durante as refeições....


naperom | n. m.

Pequena peça de tecido, de renda ou de papel que serve para proteger ou decorar uma toalha ou tampo de uma mesa, etc....


naperão | n. m.

Pequena peça de tecido, de renda ou de papel que serve para proteger ou decorar uma toalha ou tampo de uma mesa, etc....


papeleira | n. f.

Móvel em que se arrecadam papéis....


ponte | n. f.

Construção que liga dois pontos separados por um curso de água ou por uma depressão de terreno....


palissandro | n. m.

Designação dada a várias árvores tropicais da família das leguminosas, do género Dalbergia, de madeira escura e nobre....


calafetar | v. tr. | v. pron.

Vedar com estopa alcatroada as juntas dos navios, das aduelas, tampos de pipa, etc....


fundar | v. tr. | v. intr. e pron.

Pôr fundos ou tampos (em pipas, tonéis, etc.)....


tampar | v. tr.

Pôr tampa ou tampo em....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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