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Maré

pojante | adj. 2 g.

Que navega de vento em popa e maré favorável....


tardeiro | adj.

Diz-se das marés cuja preia-mar é depois do meio-dia....


intermareal | adj. 2 g.

Diz-se da zona litoral situada entre o nível médio da maré alta e o nível médio da maré baixa (ex.: faixa intermareal)....


mareal | adj. 2 g.

Relativo a maré ou às marés (ex.: faixa mareal)....


semidiurno | adj.

Que ocorre a cada 12 horas (ex.: marés semidiurnas)....


intermarés | adj. 2 g. 2 núm.

Diz-se da zona litoral situada entre o nível médio da maré alta e o nível médio da maré baixa (ex.: regiões intermarés)....


intertidal | adj. 2 g.

Diz-se da zona litoral situada entre o nível médio da maré alta e o nível médio da maré baixa....


subtidal | adj. 2 g.

Diz-se da zona litoral situada abaixo do nível da maré baixa, sempre abaixo da linha de água....


submareal | adj. 2 g.

Diz-se da zona litoral situada abaixo do nível da maré baixa, sempre abaixo da linha de água....


alteração | n. f.

Conjunto de mudanças significativas, que se mantém por um período longo, nas médias da medição de temperatura, precipitação, vento, marés ou de outros fenómenos relativos ao clima. (Mais usado no plural.)...


amarra | n. f.

Puxar pela amarra (o navio), aproando à maré....


areinho | n. m.

Banco de areia que se cobre e descobre com as marés....


enchente | adj. 2 g. | n. f.

Maré que sobe....


jusante | n. f.

Refluxo da maré....


reponta | n. f.

Começo de repiquete ou de subida da maré....


vaza | n. f.

Movimento da maré que vaza....


carvoeiro | n. m. | adj.

Homem que faz, transporta ou vende carvão....


espraiado | adj. | n. m.

Espaço que a maré deixa a descoberto quando vasa....


espreita-marés | n. m. 2 núm.

Pequena ave ribeirinha, geralmente de asas azuis e ventre laranja....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.


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