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Crença

desedificante | adj. 2 g.

Perversor; desmoralizador; que tira a crença religiosa....


indiferente | adj. 2 g.

Que não aplaude nem censura opiniões ou crenças desencontradas....


abusão | n. f.

Crença em coisas fantásticas, sem relação racional entre causa e efeito....


demoniomania | n. f.

Crença supersticiosa no poder dos demónios....


iluminismo | n. m.

Doutrina de certos movimentos religiosos marginais, baseada na crença de uma iluminação interior ou em revelações inspiradas directamente por Deus....


ideia | n. f.

Política ou crença religiosa considerada mais liberal que a dominante....


mártir | n. 2 g.

Pessoa que sofre tormentos ou a morte por uma crença, uma ideia ou uma causa....


misticismo | n. m.

Crença na possível comunicação entre o homem e a divindade....


religião | n. f.

Doutrina ou crença religiosa....


vampiresa | n. f.

Personagem feminina da crença popular que, estando morta, sai à noite das sepulturas para sugar o sangue dos vivos....


zumbi | n. m.

Ente fantástico que, segundo a crença popular, vagueia a altas horas da noite....


angelografia | n. f.

Crença na existência e intervenção dos anjos....


angelologia | n. f.

Crença na existência dos anjos....


descrente | adj. 2 g. | n. 2 g.

Pessoa que perdeu a crença, a fé....


crendice | n. f.

Crença absurda ou ridícula....


cultura | n. f.

Totalidade dos costumes, das tradições, das crenças, dos padrões morais, das manifestações artísticas e intelectuais e de outras características que distinguem uma sociedade ou grupo social (ex.: cultura portuguesa; cultura africana)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.

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