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sobre-exposto

A forma sobre-expostopode ser [masculino singular de expostoexposto], [masculino singular particípio passado de exporexpor] ou [adjectivoadjetivo].

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sobreexpostosobre-expostosobreexpostosobre-exposto
|pô| |pô| |pô| |pô|
( so·bre·ex·pos·to so·bre·-ex·pos·to

so·bre·ex·pos·to

so·bre·-ex·pos·to

)


adjectivoadjetivo

Que se sobreexpôs ou sofreu sobreexposição (ex.: fotografia sobreexposta). = SUPEREXPOSTO

etimologiaOrigem etimológica:particípio de sobreexpor.

visto
icon
Ver também resposta à dúvida: prefixos hiper-, micro- e sobre-.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: sobre-exposto.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: sobreexposto.
grafiaGrafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:sobre-exposto.
grafia Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: sobreexposto.
exporexpor
|eis...ô| ou |es...ô| |eis...ô| ou |es...ô|
( ex·por

ex·por

)
Conjugação:irregular.
Particípio:irregular.


verbo transitivo

1. Pôr à vista.

2. Manifestar, patentear.

3. Narrar.

4. Revelar.

5. Explicar.

6. Apresentar em exposição.

7. Fazer correr a alguém o risco de.

8. Sujeitar.

9. Abandonar (recém-nascidos).


verbo pronominal

10. Pôr-se à vista de todos.

11. Mostrar-se.

12. Descobrir-se.

13. Sujeitar-se; arriscar-se.

etimologiaOrigem etimológica:latim expono, -ere.

expostoexposto
|eis...ô| ou |es...ô| |eis...ô| ou |es...ô|
( ex·pos·to

ex·pos·to

)


adjectivoadjetivo

1. Posto à vista; exibido.

2. Sujeito.


nome masculino

3. Criança abandonada pelos pais, geralmente após o nascimento ou com pouca idade. = ENJEITADO

vistoPlural: expostos |eis...ó|.
iconPlural: expostos |eis...ó|.
sobre-expostosobre-exposto


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).